6 fatores de risco para o Alzheimer; veja o que fazer para prevenir a doença

Quando o Alzheimer é diagnosticado no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família

Vitória
Publicado em 28/11/2022 às 09h00
Mulher com  Alzheimer

Os sintomas do Alzheimer em seu estágio inicial inclui dificuldade em se lembrar de acontecimentos recentes. Crédito: Shutterstock

A doença de Alzheimer é um tipo de demência que prejudica a memória, o pensamento e o comportamento. Mais comum após os 65 anos, trata-se de uma doença degenerativa que causa a perda progressiva de células neurais.

Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família. "É uma doença neurodegenerativa de caráter progressivo que acomete as funções cognitivas do cérebro, em especial a memória. Afeta principalmente as pessoas mais idosas", diz o geriatra Gustavo Genelhu.

O médico explica que, embora ainda não tenha cura, é possível adotar um tratamento que inibe a progressão da doença. "É muito importante que o problema seja descoberto o quanto antes e, para isso, é preciso estar atento aos sinais que o idoso apresenta no dia a dia”. E também ficar atento aos fatores de risco da doença. 

FATORES DE RISCO

  1. A idade, o pico de incidência dessa doença ocorre a partir dos 80 anos.

  2. O sedentarismo.

  3. A hipertensão arterial.

  4. O diabetes.

  5. O transtorno depressivo.

  6. O uso abusivo de benzodiazepínicos (medicamentos hipnóticos e ansiolíticos).

Gustavo Genelhu diz que um dos principais sintomas do Alzheimer é a perda da memória, mas existem outros sinais que não devem ser ignorados. “Os distúrbios de memória, principalmente sobre fatos recentes, são sinais do comprometimento da capacidade cognitiva. Outros sintomas, como mudança brusca de humor e de comportamento e insônia devem ser avaliados pelo médico”. 

"É possível prevenir a doença, combatendo os fatores de risco, que são passíveis de mudanças. Ou seja, cuidando da pressão arterial, da glicemia, fazendo atividade física e mantendo a mente ativa"

"É possível prevenir a doença, combatendo os fatores de risco, que são passíveis de mudanças. Ou seja, cuidando da pressão arterial, da glicemia, fazendo atividade física e mantendo a mente ativa"

Gustavo Genelhu

DIAGNÓSTICO

O neurologista Paulo Takeshi Nakano, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, diz que os sintomas em seu estágio inicial incluem dificuldade em se lembrar de acontecimentos recentes, compromissos, recados, repetição de perguntas, perda de objetos pessoais, característicos do déficit de memória. "É comum ter também alteração de memória operacional, redução da fluência verbal e dificuldade de nomeação, sobretudo no uso de palavras menos frequentes, desorientação espacial em locais menos conhecidos, disfunção executiva e dificuldade nos cálculos também podem se apresentar". 

No Brasil, estima-se que cerca de um milhão de pessoas sofram de Alzheimer.  Paulo Takeshi Nakano explica que as alterações cognitivas da doença acarretam sintomas comportamentais em cerca de 80% dos casos. "Embora esses aspectos comportamentais se modifiquem com a doença, apatia, depressão e agitação são as manifestações mais comumente afetadas".

A ida ao geriatra precocemente ajuda no diagnóstico correto e acompanhamento precoce. O médico realiza testes cognitivos quando o paciente ou um membro da família mostra preocupação com o prejuízo da memória.

O Alzheimer tende a progredir com o tempo e ainda não tem cura. "Existem medicações que estabilizam a doença ou diminuem a velocidade de perda funcional em cerca de cinco anos ou mais, podendo oferecer mais tempo com qualidade de vida ao paciente e aos familiares. Estas medicações, desde que bem otimizadas, podem oferecer conforto, alívio e qualidade de vida", conta Paulo Takeshi Nakano.

O geriatra Gustavo Genelhu diz que, além do tratamento com medicamentos, que visa o manejo da agitação, da insônia e da depressão, também há o tratamento não medicamentosos que incluem musicoterapia, atividade física e terapias neurocognitivas. "São tratamentos prescritos de acordo com a particularidade de cada caso".

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