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Publicado em 18 de janeiro de 2023 às 15:19
A atriz e apresentadora Geovanna Tominaga revelou que foi diagnosticada com um adenoma da paratireoide – tumor na tireoide – durante um exame de rotina. Ela usou as redes sociais para relatar que precisou fazer uma cirurgia de emergência, mas que se recupera bem.
“A paratireoidite é silenciosa! Normalmente, só é descoberta após alguma intercorrência ou acidente bobo como quebrar um osso descendo do ônibus”, disse Geovanna.
A apresentadora contou que descobriu a doença através de exames de rotina. "Fiz a cirurgia por robô que acessa a região da tireóide por dentro dos lábio. A recuperação é chatinha mas é mais rápida do que a tradicional e tem a vantagem de não deixar cicatriz”, explicou a atriz, detalhando também que ainda que fará reposição de cálcio.
O adenoma da paratireoide é um tumor benigno da glândula paratireoide que, em geral, acomete uma das quatro glândulas que temos no organismo. "É uma patologia que interfere muito no metabolismo do cálcio, substância importante para a força óssea e para a questão das contrações musculares. O adenoma aumenta muito a produção do paratormônio, que é o hormônio que tira o cálcio do osso e leva para o sangue", explica Thiago Chulam, oncologista especialista em cirurgia de Cabeça e Pescoço do Núcleo Especializado em Oncologia (Neon).
A doença geralmente é assintomática e, na maioria dos casos, a pessoas descobre com alterações de exames laboratoriais, principalmente o cálcio e o paratormônio, que são detectados em níveis elevados. "Alguns pacientes têm sintomas inespecíficos ou que não relacionam ao adenoma, como histórico de pedras nos rins recorrente, fadiga muscular e até transtornos psiquiátricos", diz o médico.
O tratamento, em geral, quando existem alterações clínicas e com níveis de cálcio elevados, com lesões ósseas já instaladas, como osteopenia e osteoporose, é cirúrgico. "A cirurgia é planejada com exames de imagem, que vai identificar e tentar ver se existe uma coincidência entre a alteração funcional detectada pela cintilografia e a alteração anatômica identificada pelo exame radiológico para fazer com que a cirurgia seja mais fácil do ponto de vista técnico", explica o médico.
Thiago Chulam diz que procedimento é tranquilo e o principal problema da cirurgia é a manipulação próxima ao nervo que vai para a corda vocal, então alguns pacientes podem ter rouquidão. "Não é comum, mas é a complicação mais frequente".
Se não for tratado, a complicação mais comum é ter uma osteoporose com lesões ósseas graves podendo ter fraturas patológicas. "O osso fica tão fraco que fratura diante de qualquer tipo de trauma. Uma descida do ônibus, se o paciente tropeça, fratura o fêmur. Fora as lesões relacionadas à questão renal, como cálculos renais de repetição, que podem levar a uma situação obstrutiva e eventualmente lesão renal", diz o médico.
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