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Publicado em 15 de setembro de 2023 às 09:38
A asma é uma doença crônica que atinge os pulmões, causando inflamação das vias aéreas e sintomas desconfortáveis, como falta de ar, tosse e chiado no peito, que ocorrem pela obstrução da passagem de ar pelos brônquios inflamados. No Brasil, a doença atinge aproximadamente 20 milhões de pessoas e está entre a terceira e a quarta causa de hospitalização no SUS, o que mostra que o controle inadequado da doença influencia, em grande escala, o impacto no sistema de saúde.
Dentre os tipos de asma existentes, a alérgica é a mais comum, especialmente em crianças. Alguns motivos podem desencadear a famosa "crise asmática", como:
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a doença pode variar a gravidade dos sintomas de acordo com cada paciente. A asma pode ser classificada em leve, moderada e grave e, independentemente da gravidade, existem caminhos e alternativas para manter a condição sob controle.
A doença é considerada grave e/ou de difícil controle quando o paciente não alcança os níveis adequados de controle. Apesar de representarem a minoria entre o total de pacientes com asma, entre 5 e 10%, os brasileiros com nível grave vão ao hospital até 15 vezes mais do que os pacientes com asma leve ou moderada e são até 20 vezes mais hospitalizados. Por isso, é importante consultar um médico especialista: pneumologista e/ou alergologista, de forma a adequar o tratamento às necessidades específicas de cada paciente.
Segundo a Dra. Zuleid Dantas Linhares Mattar, pediatra e diretora de relações governamentais e políticas internacionais da Associação Brasileira de Asmáticos (ABRA), a asma é a doença crônica mais prevalente na infância.
De acordo com a médica, a falta de tratamento pode levar à perda da função pulmonar e piora na vida adulta. "Não existe idade mínima para se iniciar o tratamento, que é seguro e eficaz, permitindo que a criança possa crescer saudável e plena", explica.
A especialista ainda ressalta que, quando não é bem tratada e controlada, a asma pode se tornar um risco ao paciente, levando a um ataque súbito de falta de are a uma parada respiratória. Na maioria desses casos, os sintomas podem evoluir durante vários dias e ocorrer devido à associação de diversos fatores, como uso incorreto de medicamentos de controle (corticoides inalatórios e broncodilatadores), falta de adesão ao tratamento e/ou técnica inalatória dos medicamentos incorreta.
Porém, sejam quais forem os motivos ou idade, a pediatra explica que é muito importante ter consultas regulares com o médico para avaliação, bem como seguir um plano de ação de tratamento em caso de crises. Isso porque os tratamentos para asma são analisados e prescritos conforme a necessidade e a urgência.
A Dra. Zuleid também pontua que crises que interrompem a rotina diária do paciente e prejudicam a qualidade de vida podem ser um alerta de que a doença não está sob controle. Ainda, afirma que, apesar de a maioria dos pacientes acreditar que é normal continuar com os sintomas, como tosse e falta de ar, mesmo com os devidos cuidados, isso não é verdade.
"Após uma avaliação cuidadosa do paciente, em que são avaliados os sintomas, histórico familiar e identificação dos fatores desencadeantes ou agravantes, é possível desenhar uma estratégia de tratamento que controle os sintomas e permita uma vida normal, minimizando os episódios de crise, seja a asma grave ou não. Isso significa ter boas noites de sono, poder praticar atividades físicas e não necessitar de serviços de emergência por conta da asma", destaca a especialista.
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