BBB 23: entenda o que é a relação tóxica vivida por Bruna e Gabriel

A edição do programa mostrou, em diversos momentos, situações desagradáveis protagonizadas pelo casal, em que Gabriel mostrava atitudes extremamente agressivas, mesmo que com um baixo tom de voz

Vitória
Publicado em 23/01/2023 às 19h59
Tadeu Schmidt mandou um recado ao vivo sobre a relação do casal Bruna Griphao e Gabriel no BBB 23

Tadeu Schmidt mandou um recado ao vivo sobre a relação do casal Bruna Griphao e Gabriel no BBB 23 . Crédito: Globo

O episódio deste domingo (23) do BBB 23 foi marcado por um alerta que o apresentador Tadeu Schmidt deu aos participantes sobre o casal formado entre Gabriel e Griphao. "Eu estou aqui para fazer um alerta antes que seja tarde. Quem está envolvido em um relacionamento, talvez nem perceba, talvez ache que é normal. Mas quem está de fora, consegue enxergar quando os limites estão prestes a ser gravemente ultrapassados", pontuou Tadeu.

 O alerta foi dado após inúmeros situações protagonizadas pelo casal, onde todos aqui fora e até os outros participantes da casa identificaram que algo não está certo. A edição do programa mostrou, em diversos momentos, situações desagradáveis protagonizadas pelo casal, em que Gabriel mostrava atitudes extremamente agressivas, mesmo que com um baixo tom de voz. No Twitter, o termo “tóxico”, geralmente relacionado ao casal, entrou nos trending topics.

O apresentador relembrou uma conversa entre o brother e a atriz: “‘Eu sou o homem da relação', diz Bruna, enquanto Gabriel responde: 'Mas já já você vai tomar umas cotoveladas na boca’. Em uma relação afetiva, certas coisas não podem ser ditas nem de brincadeira. Esse era o recado que eu queria deixar para vocês”, completou.

SINAIS

Teoricamente, ninguém se propõe a viver um relacionamento doentio e todos os seres humanos buscam um relacionamento feliz e saudável. “Um relacionamento tóxico é aquele que afeta negativamente a saúde e o bem-estar de uma pessoa e o mais grave é que a pessoa começa a acreditar que merece aquela situação e passa a viver em um círculo”, explica a psicanalista Kélida Marques.

De acordo com a profissional, em um relacionamento tóxico as pessoas tendem a gastar muito de seu tempo e energia em coisas negativas como ciúme, possessão, brigas. “E essa relação acaba influenciando todas as outras áreas. Por isso, é tão comum que as pessoas que vivem uma relação doente, sofram com outros problemas, como doenças e falta de dinheiro”.

Do lado de fora pode parecer fácil detectar uma relação tóxica. Mas as coisas ficam mais complicadas quando vistas de dentro, uma vez que a toxidade pode frequentemente ser misturada com alguns flashes de romance. “É difícil enxergar uma relação abusiva porque não é tão simples admitir que estamos sendo abusadas por alguém, e, ainda mais, se esse alguém for alguém que julgamos tanto amar. Segundo que uma relação tóxica não acontece de um dia para o outro, leva tempo, até nos 'cegar'. A pessoa pode acabar usando chantagens emocionais, muitos pedidos de desculpas, flores e presentes somente para burlar todo o mal que acaba nos causando”, pontua Kélida Marques. 

A psicanalista observa que o termo “tóxico” pode estar aberto a algumas interpretações e o que é tóxico para uma pessoa, pode ser percebido como normal para outra. Por isso é importante olhar para cada relacionamento por suas características específicas, tanto quanto possível. No entanto, ainda existem limites universais que seu parceiro nunca deve cruzar. “Se você se sente sempre pisando em ovos para falar qualquer coisa com medo do seu parceiro brigar ou se você não sente mais reciprocidade no relacionamento, investindo muito tempo, sentimentos e até mesmo dinheiro e não recebe nada em troca é à hora de parar e pensar se vale mesmo à pena continuar”, diz Kélida Marques.

ATITUDES

De acordo com terapeuta William Sanches, existem sinais que são capazes de mostrar quando estamos em um relacionamento tóxico. “No momento em que alguém que deveria ser seu companheiro começa a mostrar atitudes que te jogam para baixo, esse relacionamento apresenta sinais de toxicidade. Uma pessoa que humilha seu parceiro nas mais diversas situações, mostra que precisa desse tipo de atitude para se sentir superior”, relata.

Em alguns casos, as ofensas em busca de superioridade acontecem, até mesmo, na frente de outras pessoas. “Existem muitos casos em que a família dessas mulheres avisam que o tratamento presenciado por eles foi atípico, rude ou desconfortável de se ver. Isso faz com que as vítimas desse tipo de situação comecem a se perguntar se esse relacionamento, realmente, é ou não abusivo”, revela Sanches.

Para o especialista, o medo da solidão faz com que essas pessoas, muitas vezes, se recusem a aceitar a realidade de que estão em um relacionamento tóxico. “Acredito que, assim como no BBB, o começo de uma relação deve ser de conhecimento mútuo para entender a compatibilidade entre o casal. Nesse momento, quando notamos que um comportamento não é bom para o relacionamento, é preciso compreender e abrir mão. O apego, muitas vezes, complica essa tarefa. Ainda assim, é preciso assimilar a situação e não seguir passando por esse tipo de tratamento diariamente”, pontua.

AJUDA

William Sanches acredita que existem alguns passos que podem ajudar a se libertar de um relacionamento tóxico. “O primeiro deles é uma reprogramação mental. Muitas pessoas se sentem inferiorizadas ou colocam defeitos em si mesmas. Quando isso acontece, é comum deixar-se ser inferiorizado, também, em um romance. Portanto, nesses casos, é preciso que haja uma renovação de filosofia interna. Além disso, é preciso que as pessoas se coloquem em primeiro lugar, e não vejam o fim de um namoro, casamento ou até mesmo amizade, como o fim do mundo. Assim, será possível se livrar desse tipo de relação e, ainda, estar alerta aos sinais de toxicidade em futuros relacionamentos”. 

Kélida Marques ressalta que é importante procurar pessoas para com quem contar, seja amigos, familiares e principalmente um especialista. “Busque ajuda, peça um colo, faça terapia, qualquer atividade que ajude. Não é fácil, mas o primeiro passo é observar e contar com quem nos ama para sair desse ciclo e ir em busca do amor próprio". 

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