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Publicado em 14 de novembro de 2022 às 09:52
A memória é compreendida como a habilidade cognitiva que permite adquirir, reter e recuperar informações. O processo de armazenamento consiste em adquirir informações vindas do meio externo por meio dos órgãos dos sentidos, ocorrendo na sequência a retenção de informações na memória de forma que possam ser utilizadas posteriormente quando necessárias.
Com tanta informação vinda de diferentes canais, queixas sobre memórias são cada vez mais recorrentes. A gerontóloga Thais Bento Lima Silva, parceira científica do Método Supera Ginástica para o cérebro, explica que esse armazenamento é resultado de uma aprendizagem, da forma como essa informação é retida ao longo da vida o que nos permite depois recordá-la. “A memória tem sua função além dos limites da atividade cognitiva, podendo interagir com outras funções do cérebro com certa intimidade como a criatividade, o afeto, a motivação e a emoção, que são ligadas ao equilíbrio do organismo”.
Por meio da memória, construímos nossa identidade social, pois é nela que registramos nossas experiências de vida, as relações com outras pessoas e, dessa forma, vamos nos constituindo como sujeitos. A gerontóloga explica que a memória de curto prazo possui a capacidade de reter a informação por um período maior se comparada à memória sensorial, mas sua duração ainda é pequena. Esse é um estágio onde ocorre a transferência de informações da memória sensorial, e quando as informações que foram recuperadas da memória de longo prazo se tornam conscientes. Por isso, algumas dicas podem melhorar a memória.
Mas, a princípio, as falhas não devem causar desespero. A neurologista Inara Taís de Almeida, membro da Academia Brasileira de Neurologia, diz que é normal, às vezes, a memória falhar. Segundo a especialista, vários fatores interferem na formação da memória como foco, atenção e também motivação.
"Esses fatores sofrem influência de tudo que acontece no nosso corpo, por exemplo: se não dormirmos bem, a nossa memória pode falhar no dia seguinte por falta de foco e atenção e isso não representa doença neurológica".
A médica conta que existem alguns sinais de que a memória está falhando, como repetir várias perguntas, esquecer de compromissos e se confundir com atividades habituais. "Geralmente, os familiares percebem essas atitudes antes que a pessoa com os sintomas. Devemos nos preocupar quando o esquecimento atrapalha o trabalho e o dia a dia", diz Inara Taís de Almeida. Se os deslizes acontecem com frequência ou atrapalham o dia a dia, é o momento de procurar um neurologista.
A médica conta que o estilo de vida afeta a memória. Realizar atividade física regular, dormir bem, prevenir a pressão alta e o colesterol alto são atitudes que devem ser tomadas. Uma alimentação equilibrada fornece os nutrientes necessários para o adequado funcionamento do cérebro, além de ajudar na prevenção de doenças que podem afetar a memória como Alzheimer e o Acidente Vascular Cerebral (AVC). "O ideal é ter uma alimentação rica em frutas verduras e também não esquecer das fontes de proteína", diz Inara Taís de Almeida.
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