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Publicado em 23 de novembro de 2021 às 17:00
A cantora Anitta, de 28 anos, revelou durante um bate-papo com Sabrina Sato, no canal da apresentadora no YouTube, que sofre de 'cistite de lua de mel', uma espécie de inflamação na região da bexiga.
"Não posso transar com alguém mais avantajado, que eu não consigo caminhar no dia seguinte. É horrível. E não tem nada a ver com bactéria. Não é infecção bacteriana não, gente, é porque socou muito lá e inflamou", disse a cantora.
Apesar da afirmação de Anitta, o problema não tem relação com o tamanho do pênis do parceiro. "Não existe nenhum estudo que comprove a relação entre a incidência da 'cistite de lua de mel' e o tamanho do pênis", explica o urologista Henrique Barbosa de Menezes, da Urovitória.
'Cistite de lua de mel' é o nome popular da cistite pós-coito, uma inflamação que acomete a uretra e a bexiga, após uma relação sexual. "Ocorre após o ato sexual, principalmente quando realizado com maior frequência. A fricção entre o pênis e a uretra feminina pode levar bactérias para o interior do trato urinário causando a cistite", diz a ginecologista e obstetra Anna Carolina Bimbato.
A médica explica que a cistite pode acometer qualquer pessoa não sendo necessário praticar sexo. O fato de beber pouca água ou segurar a urina pode ajudar no aparecimento da infecção da bexiga. "O ideal é sempre que possível urinar após a relação sexual. A higiene das genitálias antes e após o sexo também é recomendada. E sempre que for fazer sexo anal o uso de preservativo é essencial, pois as bactérias do ânus podem infectar a uretra masculina".
O ginecologista Ronney Guimarães Filho, da Urovitória, explica que é possível desenvolver cistite de outros modos. "Outras situações podem aumentar os riscos para cistite como: gestações, diabetes, refluxo uretrovesical e doenças neurológicas que comprometa o esvaziamento da bexiga".
De acordo com o médico, a inflamação aparece mais em mulheres do que em homens principalmente pelo tamanho da uretra que na mulher é menor que a do homens, e pela proximidade com o ânus. "A recomendação é beber bastante líquido, higienizar a vulva e uretra antes e após a relação sexual, urinar após a relação sexual, trocar o preservativo após a realização de sexo anal e não enxugar a vagina de trás para frente", diz Ronney Guimarães Filho.
O tratamento é realizado com o uso de antibiótico e analgésicos. "O médico deve ser consultado e nenhuma medicação poder ser utilizada sem prescrição. Será solicitado um exame para confirmar o tipo de bactéria existente e depois uma medicação específica para essa bactéria vai ser prescrita", finaliza Anna Carolina Bimbato.
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