Estamos normalizando a busca por experiências que gerem novos circuitos . Crédito: Pexels
Enquanto rolamos infinitamente a barra do “feed” do Instagram e uma maré de imagens desconexas invade nossas retinas (nossa mente, células e nosso sistema como um todo), sequer nos damos conta do que está acontecendo colateralmente.
Aliás, estamos tão alheios aos efeitos dessa maré que até “curtimos” a invasão, distribuindo “likes” a torto e a direito.
A verdade é que estamos inocentes sobre o que vem acontecendo com nossa percepção da realidade. Pois é com bastante eficiência que o sistema opera uma alienação da nossa subjetividade, enquanto instala uma crise silenciosa em nossos sentidos.
Estamos cada vez mais superficiais, anestesiados e insensíveis, viciados em telas! Perdidos num labirinto proposto pelo capital narcísico, obedecendo a ritos: postar, curtir, consumir, comentar, postar, consumir, comentar, curtir.
Alguma desobediência é urgente.
Precisamos criar espaços para invenção, para o encontro com a sensibilidade e para o silêncio interno. Precisamos abrir espaço novamente para a possibilidade do encantamento...
Sem querer que estamos nos tornando exploradores da nossa própria subjetividade... Virando produto. Distraídos algozes de nós mesmos. Vendendo e comprando, enchendo o carrinho, depois esvaziando, expondo e consumindo, cada vez mais alheios do próprio desejo...
Claro, vagando online deixamos que a inteligência do algoritmo decida qual será nosso próximo desejo, servindo assim à máquina que nos toma a autonomia, enquanto oferece falsas curas para falsos problemas.
De modo que reestabelecer os laços com a nossa energia vital é fundamental. Mas pra isso, ou seja, para dar-se conta daquilo que nos nutre de verdade (em todos os sentidos) é preciso algum silêncio.
Mas como?
Se estamos exaustos e agitadíssimos!
Pensa comigo, quando o corpo cansado se deita e não consegue dormir (revendo no escuro de dentro imagens e mêmes em looping) ele passa a acumular desgaste energético. Essa perda de vitalidade, nos leva para um estado no mínimo triste... Assim, confusos emocionalmente, pouco a pouco acessamos um estado de crise. Crise inclusive de entendimento: já não conhecemos as causas do próprio mal estar.
Não por outra, as práticas de autocuidado estão cada vez mais disponíveis. Ufa! Estamos normalizando a busca por experiências que gerem novos circuitos e estimulem a sensação de conexão com nosso próprio campo energético.
Enfim, reagir é aprender a criar espaços para essas novas possibilidades. Reaprender a confiar na força do fluxo, na força da dança, na meditação, e tantas outras maneiras de explorar as dimensões sutis do nosso corpo.
Fechar o ralo da nossa energia vital e lembrar que a saúde, a arte e a espiritualidade são os trunfos da espécie humana.
Então é isso: desligue a tela para a "re-acessar" a Graça.
Reaja!
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