Recentemente, a apresentadora Luciana Gimenez veio a público falar sobre sua sexualidade e afirmou ser demissexual. Tal pronúncia, pouco verbalizada, despertou a curiosidade de muita gente nas redes sociais.
Aqui vai uma descrição rápida sobre a demissexualidade: é uma orientação sexual em que a pessoa só consegue sentir atração por alguém se houver um envolvimento afetivo/emocional.
Ou seja, ela só transa se conseguir antes criar um laço emocional com a outra pessoa, logo, não é adepta do sexo casual, em que os indivíduos se encontram apenas para o ato, sem envolvimento afetivo.
Para o demissexual, o sexo precisa ser íntimo e o pós-contexto romântico. O desejo só aparece se existirem sentimentos primeiro, o contrário do que vemos muitas vezes por aí: a pessoa acha alguém interessante, transa e só depois acaba se envolvendo emocionalmente.
Para o demissexual, o sexo precisa ser íntimo e o pós-contexto romântico. Crédito: Freepik
A principio, o demissexual pode até se sentir assexual (que não tem desejo), ter vergonha e achar-se mal compreendido, mas na verdade ele apenas precisa construir sentimentos com o outro para, depois disso, ativar os gatilhos no sexo. Isso pode levar um profissional a diagnosticar a causa, erroneamente, como disfunção sexual.
Em sua declaração, Luciana Gimenez explicou que “tem que ter algum tipo de conexão na minha cabeça. Não é que vou casar com a pessoa amanhã, mas tem que ter algo”. “Eu amo as pessoas de que gosto, abraço, beijo, mas quando não conheço, esse espaço aqui, não dá”.
O demissexual não é apegado a atributos físicos, ao tom de voz ou ao tipo de roupa para sentir atração. O que importa é o vinculo emocional, o quanto ele se importa com aquela pessoa como ser humano – o gatilho de desejo será construído na intimidade emocional.
Então, se você, assim como a Luciana, também tem a conexão emocional como pré-requisito para sentir desejo sexual por alguém, possivelmente você é um demissexual, e tudo bem.
Uma dica para você saber se é demi ou não, é analisar suas últimas relações amorosas. Pense em como foi sua trajetória até o desejo surgir, o que te conectou à outra pessoa. Quais eram os componentes desse desejo? Que história sentimental os antecedeu?
Não precisamos ser nomeados com algo em nossa sexualidade, mas esse autoconhecimento pode lhe ajudar muito a entender o seu desejo e como ele funciona, assim como os tipos de relacionamento que você quer ter. No mais, se precisar de ajuda profissional, pode contar comigo.
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