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Dermatologista explica os cuidados para evitar micoses durante o verão

Micoses são infecções causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e o couro cabeludo. No verão, com a temperatura mais alta e a maior transpiração, a nossa pele fica mais suscetível a este tipo de infecção

Publicado em 23 de janeiro de 2023 às 16:25

Micose na pele
A pitiríase versicolor, que muitos conhecem como “pano branco”, provoca manchas brancas descamativas Crédito: Shutterstock

As micoses são infecções causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e o couro cabeludo. São frequentes em locais quentes e úmidos, necessários para o desenvolvimento dos fungos. E no verão o número de casos aumenta.

"O verão aumenta o risco de micoses na pele, porque os fungos se desenvolvem mais em áreas úmidas e quentes do corpo. No verão, com a temperatura mais alta e a maior transpiração, a nossa pele fica mais suscetível a este tipo de infecção", explica a dermatologista Giane Giro.

Há alguns tipos de micoses que atingem a pele. Por isso, é indicada uma consulta médica ao notar os sintomas, pois o dermatologista poderá identificar a doença, classificá-la e indicar o tratamento adequado. "As micoses superficiais mais comuns são a pitiríase versicolor, a dermatofitose e a candidíase", diz a médica. 

OS TIPOS

A pitiríase versicolor, que muitos conhecem como “pano branco”, provoca manchas brancas descamativas. Elas costumam se espalhar pelas partes mais oleosas do corpo, como pescoço e parte superior do tronco. Eventualmente podem se manifestar como manchas avermelhadas ou escuras.

A dermatofitoses são provocadas por fungos que se alimentam de queratina. "Dois exemplos mais comuns são as onicomicoses (micose da unha) e a tinea que pode dar lesões em várias partes do corpo. Impinge e frieira são nomes populares para formas de tinea do corpo e dos pés", explica Giane Giro.

A dermatologista explica que a pitiríase versicolor é provocada pela Malassezia, um fungo presente naturalmente na nossa pele, que prolifera quando aumenta a oleosidade, em ambientes quentes e úmidos. "O clima tem a influência no aparecimento das lesões, e não o fato de frequentar a praia ou a piscina".

"Já as dermatofitoses, além da influência do clima quente no verão, dependem do contato com o fungo que pode vir de uma outra pessoa contaminada. Neste caso, sentar ou pisar em um local que uma outra pessoa com tinea teve contato, pode ser a fonte do contágio, então o ambiente da praia ou piscina pode ser um facilitador da transmissão"

PREVENÇÃO

Existem vários cuidados como forma de prevenção de pegar micoses, como evitar ficar com roupas úmidas por tempo prolongado, evitar andar descalço em locais que sempre estão úmidos, como saunas, lava-pés de piscinas e duchas públicas. "Além disso, evitar usar objetos de outras pessoas, como toalhas, bonés e pentes. Secar bem o corpo após o banho, principalmente os pés e as dobras de pele", explica a dermatologista. 

Também é fundamental evitar ficar com o corpo suado durante muito tempo e manter a higiene pessoal para evitar a proliferação dos fungos. "No verão, o ideal é usar roupas mais frescas, evitando o tecido sintético que possa acumular mais umidade na pele", diz Giane Giro. 

A médica ainda recomenda evitar usar sapatos fechados por tempo prolongado. E verificar se o material utilizado pela manicure é estéril ou descartável, e levar o próprio material, como lixas e esmaltes, sempre que possível.

Caso você pegue uma micose, existe tratamento para o problema. Ele é realizado a base de antifúngicos, por via oral ou em loção, cremes, sprays ou xampus, de acordo com o tipo de micose. "As vezes, é necessário realizar um exame micológico com cultura para fungos para definir a melhor opção terapêutica", diz Giane Giro.

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