Dia da Masturbação: conheça a prática e os seus benefícios. Crédito: Shutterstock
Maio é conhecido internacionalmente como o mês da masturbação no calendário da saúde sexual. Em 1994 a médica-cirurgiã Joycelyn Elders, que foi a primeira secretária de saúde negra dos Estados Unidos, sugeriu que a masturbação fosse incluída nos currículos de educação sexual e por esse fato foi demitida. Mas seu legado segue em homenagem.
A prática costuma ser condenada entre os casais quando é realizada sozinha, mas deveria ser artefato de conexão e intimidade para ambos. Afinal, em qualquer situação é um bom motivo para conversar sobre sexo, desejos, fantasias e até mesmo sair da fase do subtendido para o entendido.
Falar sobre masturbação ainda é um desafio nos dias de hoje, pois é um tema que ainda gera dúvida, curiosidade, medo e euforia. A palavra já carrega em si um tabu para muitos ouvidos sensíveis. Pois bem, falamos então do ato de autoestimulação com um viés de autoconhecimento do próprio corpo.
Ainda observo estranheza no rosto de muitas pessoas quando se fala em masturbação feminina, como se fosse algo natural somente ao masculino, sendo que o benefício é para ambos. O autotoque, além de gerar autoconhecimento do próprio repertório sexual, deveria ser um item indispensável antes do sexo com alguém, pois fica muito mais fácil chegar ao orgasmo quando já se conhece o caminho.
Quando essa autoestimulação gera um orgasmo há liberação de hormônios importantes para a saúde como a endorfina, adrenalina, ocitocina e outros que vão trazer sensações de bem estar, concentração, qualidade do sono, diminuição de cólicas menstruais e anticorpos para a imunidade.
Em 2018, pesquisas publicadas pela revista Sexual and Relationship Therapy trouxeram uma questão: a masturbação com o uso de um vibrador ou outros objetos que oferecem prazer sexual favorece no tratamento de pessoas com disfunções sexuais como ejaculatórias ou anorgasmia. E desde então percebo avanço nesse quesito com meus pacientes.
Enfim, são muitos os benefícios da prática masturbatória e ainda temos um longo caminho a percorrer contra os tabus e preconceitos, principalmente aqueles que geram culpa nas pessoas. O ato de se tocar tem muito mais a ver com amor, cuidado, conhecimento, prazer do que o contrário.
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