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Publicado em 13 de setembro de 2023 às 13:19
Nesta quarta (13) é celebrado o Dia Mundial da Sepse, síndrome clínica provocada pela resposta desregulada do organismo a uma infecção e que, se não identificada e tratada precocemente, pode levar à falência de múltiplos órgãos, como pulmão, rins e fígado.
Especialista em Medicina Intensiva, Eliana Caser, da Unimed Vitória, explica que a sepse - anteriormente conhecida como infecção generalizada - pode ser evitada. "Qualquer infecção pode causar a sepse. No Brasil e no mundo, a causa mais comum do problema é a infecção respiratória, a pneumonia. Mas a chave para evitar a sepse está em identificar e tratar as infecções desde o início, evitando o agravamento dos casos", pontua Eliana.
Ainda segundo a especialista, outra medida importante é evitar o uso de antibióticos sem prescrição médica e seguir os tratamentos prescritos pelos médicos, além de manter o calendário de vacinação atualizado. Já nos hospitais, uma importante medida de prevenção é a higienização correta das mãos por parte dos profissionais de saúde.
De acordo com Eliana Caser, mesmo quando a Sepse é identificada, é possível tratá-la. Mas o sucesso do tratamento vai depender, principalmente, de dois fatores: o diagnóstico precoce da síndrome e o tratamento imediato.
"Fazem parte do grupo de risco da sepse bebês abaixo de um ano, idosos e pessoas com comorbidades. Às vezes, a pessoa pode até não apresentar febre, mas existem outros sintomas característicos da sepse, como sonolência excessiva, fraqueza, cansaço, agitação, diminuição de urina, dor de cabeça, falta de ar e desconforto respiratório. Ao identificar esses sinais, as pessoas precisam buscar o atendimento de saúde. Nessas unidades, as equipes precisam estar preparadas para reconhecer a sepse e dar o diagnóstico o quanto antes, porque será melhor a resposta ao tratamento”.
Mesmo após vencer a Sepse, os pacientes têm uma longa jornada de recuperação pela frente. "Esses pacientes podem ter alteração da memória, raciocínio lento, muitas vezes têm uma alteração do sono e passam a usar medicamentos que nunca haviam usado antes. É preciso o envolvimento de uma equipe multidisciplinar, com médicos, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas para ajudá-los na recuperação física, neurocognitiva e emocional. Além disso, a família também vai precisar de apoio. O sistema de saúde deve estar preparado para isso", pontua Eliana Caser.
*Com informações da Unimed Vitória
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