Repórter do HZ / gusilva@redegazeta.com.br
Publicado em 11 de julho de 2022 às 08:00
O diabetes afeta mais de 13 milhões de pessoas, o que representa 6,9% da população nacional, de acordo com informações da Sociedade Brasileira de Diabetes. A doença ocorre quando o corpo não produz insulina ou não consegue usá-la adequadamente. Este hormônio é responsável por controlar a glicose (açúcar) no sangue — que em excesso acarreta hiperglicemia.
A endocrinologista Flávia Tessarolo explica que o valor normal da glicose no sangue é até 99 mg/dl em jejum. "Quando esses valores de glicemia estão acima de 126 em duas ocasiões diferentes, temos o diagnóstico de diabetes. Existem também outros critérios para diagnóstico da doença, como o que considera a medida da glicemia duas horas após uma sobrecarga de 75 gramas de carboidrato, e a hemoglobina glicada, que avalia a média da glicemia dos últimos três meses".
Os principais sintomas da doença são fome e sede em excesso, produção excessiva de urina, o aumento da frequência urinária a noite, a visão turva, o cansaço, a fraqueza e a perda de peso. "Níveis mais baixos de glicose, muitas vezes não provocam sintomas. Por isso, a maioria das pessoas com diabetes tipo 2 (que ocorre na maioria das vezes em adultos, associado ao envelhecimento, sobrepeso, obesidade, sedentarismo, e em quem tem história familiar de diabetes tipo 2) não apresenta sintomas", conta a médica. Sinais na pele também podem indicar a doença.
O número de casos vem crescendo. A boa notícia é que se a doença for diagnosticada cedo, pode ser controlada. E novos tratamentos chegam nos próximos meses.
Flávia Tessarolo
Flávia Tessarolo conta que já dá para vislumbrar a insulina de ação semanal nos próximos anos. "A Icodec é uma insulina de ação semanal, que está em fase de estudos bem avançados. Acredito que, dentro de dois anos, já estará disponível".
Entre os cuidados que a pessoa têm que ter, estão os hábitos de vida saudável, com alimentação adequada, atividade física regular, não fumar e dormir bem. "E ter cuidado com os pés, secando bem entre os dedos após o banho, usar sapatos apropriados e preferir meias de algodão", diz a médica.
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