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Publicado em 19 de maio de 2023 às 09:47
A dor de cabeça pode ser leve ou intensa, aparecer sozinha ou acompanhada de outros incômodos. É comum ao final de um dia estressante de trabalho, mas também pode surgir sem um motivo aparente. Sempre indesejada, ela limita as atividades do dia a dia, e pode ser também um sinal de que a saúde não vai bem.
O dia 16 de maio marca o Dia Nacional de Combate à Cefaleia. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE), no Brasil, mais de 30 milhões de pessoas sofrem com essa enfermidade. No mundo a enxaqueca atinge 1 bilhão de pessoas e é a sexta doença crônica que mais incapacita, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). "A dor de cabeça é uma sensação de desconforto ou dor, que pode estar em qualquer lugar acima dos ombros, com várias características e intensidades, que chamamos de cefaleia", diz o neurologista Leonardo Maciel, da Samp.
O médico conta que existem cefaleias muito breves, como apenas um choque ou uma fincada. Podem ser muito intensas apesar da curta duração, e podem repetir-se em intervalos regulares ou não. "Outras podem ter caráter em pressão ou latejante, e durar horas, dias, e podem se tornar crônicas, durando semanas, meses ou até anos". As dores de cabeça podem ser sintomas de enxaqueca, mas também pode ser um dos sintomas de doenças potencialmente graves e com risco sequelas, como meningites, tumores cerebrais e aneurismas. Por isso, o neurologista alerta quando procurar ajuda:
As dores de cabeça podem ser classificadas de duas formas, devido à natureza das suas causas. As cefaleias primárias, que não têm uma causa secundária estabelecida, geralmente tendem a melhorar mesmo sem tratamento, mas também a reaparecer sem aviso ou motivo aparente.
"Geralmente aparecem com as mesmas características, mais frequente de um lado da cabeça e pulsátil, ou na cabeça toda e em peso, algumas sempre seguidas de sintomas como náuseas, sensibilidade à luz ou barulho, ou limitação aos movimentos", conta Leonardo Maciel.
Já as secundárias são as dores de cabeça provocadas por outras doenças. "Além da dor de cabeça, a pessoa apresenta sinais e sintomas próprios da doença subjacente", explica o neurologista.
As manifestações dos diferentes tipos de dor de cabeça são bastante diversas.
Os analgésicos são o tratamento para a crise de dor. "Alguns são específicos para enxaqueca ou cefaleia em salvas, e não faz sentido prescrevê-los para outras cefaleias. Se a dor repete-se, apesar de ter melhorado com o uso de analgésicos, é preciso iniciar um tratamento preventivo, que visa reduzir a intensidade e frequência dessas crises. Esse tratamento geralmente é diário, de longo prazo e utiliza outros tipos de medicação", diz o médico.
No caso da enxaqueca e da cefaleia em salvas, o uso de bolsa de água fria, repouso em ambiente escuro e silencioso ajudam no tratamento. Para evitar as dores de cabeça, é importante ter hábitos de vida saudáveis, como praticar atividades físicas regularmente e ter um sono de qualidade, além de evitar o jejum, e o consumo de comidas industrializadas ou ultraprocessadas. "E procurar um neurologista, se suas crises excedem o número de três vezes em um mês, para iniciar tratamento preventivo", finaliza Leonardo Maciel.
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