• Luciana Almeida

    É jornalista e tem um olhar atento sobre comportamento, arte, relacionamentos e lifestyle. Compartilha as suas ideias sempre com a intenção de criar ambientes favoráveis ao desenvolvimento das pessoas

É preciso coerência em nossas atitudes

Publicado em 11/11/2023 às 08h00
Homem no museu

Não acredito que destruir um patrimônio artístico e cultural do mundo seja a melhor saída para mostrar o descontentamento de algo. Crédito: Shutterstock

Quando li, nesta semana, a notícia dos ativistas que tentaram destruir a obra de Velázquez no Museu The National Gallery, em Londres, fiquei a pensar sobre como devemos exercitar a coerência em nós, seres humanos.

Afinal, não podemos construir algo destruindo outro, entende? É preciso coerência em nossas atitudes. Ativistas da organização ambiental britânica “Just Stop Oil” (Apenas Parem com o Óleo, em tradução literal) publicaram um vídeo em que destroem com martelos a obra “The Rokeby Venus” do século 17. A justificativa do protesto é uma revolta contra o governo inglês que liberou mais licenças de exploração de óleo no Mar do Norte.

Entendo a importância de se questionar e de protestar, mas há inúmeras maneiras de se fazer isso. Não acredito que destruir um patrimônio artístico e cultural do mundo seja a melhor saída para mostrar o descontentamento de algo. Ano passado essa mesma organização tentou destruir obras no Museu Van Gogh em Amsterdam.

Por favor, sejamos coerentes. Coerente é alguém que age com lógica. Ser coerente é ser racional, é quando alguém consegue utilizar de uma sequência de informações lógicas para transmitir uma mensagem. É a ligação ou harmonia entre fatos e ideias.

Seja reto em suas ações. Se você não concorda com a suposta destruição de algo, você não pode destruir outro para justificar o seu protesto. É como se dizer cristão e não praticar as orientações de Jesus. É falar o que deve ser feito e por trás fazer o contrário. É depender do seu salário e ir para as redes sociais falar mal da empresa.

É ser uma mãe que diz querer o bem para o filho e denegrir a imagem do pai para essa criança. Poupe-a das suas frustrações. Seja coerente. Tudo deve estar interligado e fazer sentido. Quem é coerente mantém uma mesma linha de pensamento, não dando margem para dúvidas.

Até a próxima!

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de HZ.

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