• Luciana Almeida

    É jornalista e tem um olhar atento sobre comportamento, arte, relacionamentos e lifestyle. Compartilha as suas ideias sempre com a intenção de criar ambientes favoráveis ao desenvolvimento das pessoas

Educação das crianças: é preciso estar atento o tempo inteiro

Publicado em 24/06/2023 às 08h00
criança fazendo birra

As regras de comportamento podem ser estabelecidas por meio da conversa. Crédito: Shutterstock

Semana passada, em um passeio ao shopping fiquei estarrecida com o comportamento de uma família. Pai, mãe e um casal de filhos pequenos entraram na loja onde eu estava acompanhando a minha filha, que comprava roupas para a minha neta. Era uma loja para crianças. Pois bem, a família que chegou, trajava roupas de grifes estampadas por todas as peças camiseta, bolsa, sapatos, tudo demonstrava o alto poder aquisitivo, mas logo percebemos o que sabemos há tempos: dinheiro não garante boa educação, elegância e civilidade.

Assistimos a um “show” de horrores. As crianças derrubavam coisas das prateleiras, os lápis oferecidos para a distração das crianças eram jogados no chão, enfim, uma cena de vandalismo foi se formando e os pais, meus caros leitores, não estavam nem aí, ou melhor, nem ali. Parecia que nada de anormal estava acontecendo.

Em nenhum momento repreenderam as crianças, recolheram as coisas ou incentivaram os filhos a ajudarem na organização. Fiquei pensando: faltou respeito com as funcionárias da loja, faltou senso de responsabilidade para educar as crianças, faltou senso de civilidade e coletividade, entre outras faltas.

Escrevo esta coluna para reiterar a minha crença de que é preciso estar atento o tempo inteiro, pois o papel do educador não tira férias. A escola é parceira na formação da criança, mas a principal responsabilidade é dos pais ou responsáveis.

Há cerca de 500 a.C., Pitágoras, pai do conceito de Justiça, norteador do Direito, declarou: “educai as crianças e não será preciso punir os homens”. A assertividade dessa afirmativa, se tomada em seu sentido mais amplo, ainda é válida e central na atualidade

Queridos pais, priorize o bom diálogo. As regras de comportamento podem ser estabelecidas por meio da conversa. Eu sei que é cansativo, pois é preciso repetição desta conversa por várias vezes, mas esse ato faz com que você transmita segurança.

Estabeleça “acordos”. A depender da idade dos seus filhos, combinar um comportamento determinado pode funcionar bem. E cumpra as consequências que foram estabelecidas, por exemplo, se houve o estabelecimento de uma consequência para o descumprimento de uma determinada regra, é indispensável cumpri-la. Seguimos nesta luta que não é fácil, mas extremamente necessária.

Até a próxima!

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Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de HZ.

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