Antes de realizar a anestesia geral, o paciente precisa passar por uma entrevista pré-anestésica. Crédito: Shutterstock
O processo de tatuar a pele é conhecido por ser desconfortável e, em alguns casos, doloroso. Por isso, na intenção de não sentir dor, alguns famosos têm utilizado a escolha da anestesia geral na hora de fazer os desenhos no corpo.
Em setembro, o influencer Victor Igoh se submeteu a uma anestesia geral no momento em que fazia desenhos nas pernas. No ano passado, o cantor MC Cabelinho também viralizou na internet quando publicou uma foto revelando que tomou anestesia geral para fazer uma tatuagem nas costas. O procedimento foi realizado por profissionais de saúde em um hospital do Rio de Janeiro.
Mas será que essa escolha pode trazer consequências para a saúde? O médico Wellington Pioto, anestesiologista da Unimed Vitória e presidente da Sociedade de Anestesiologia do Espírito Santo, explica que a anestesia geral é indicada para cirurgias ou procedimentos invasivos que requerem a ausência total de sensação e consciência, como cirurgias complexas, cardíacas, neurológicas, ou quando a anestesia local ou regional não é suficiente.
"A anestesia geral é um estado de inconsciência induzido por medicamentos para que o paciente não sinta dor e esteja completamente inconsciente durante procedimentos médico"
Wellington Pioto
VEJA OS RISCOS DA ANESTESIA
- O anestesiologista Wellington Pioto ressalta que realizar uma tatuagem com anestesia geral não é comum e, geralmente, não é indicado pois é uma intervenção desnecessária e que envolve riscos significativos.
- Os riscos da anestesia geral incluem reações adversas a medicamentos, problemas respiratórios, reações alérgicas, e em casos raros, complicações graves.
- Antes de realizar a anestesia geral, o paciente precisa passar por uma entrevista pré-anestésica, para avaliar a saúde. "É importante que o paciente passe por uma consulta pré-anestésica para avaliar a saúde e o histórico médico, a fim de determinar a segurança da anestesia", explica Wellington Pioto.
- Os cuidados necessários incluem fornecer as informações precisas ao anestesista sobre seu histórico médico, além de seguir as instruções de jejum, para evitar complicações gastrointestinais, além da abstinência de álcool e tabaco ser importante para reduzir riscos e otimizar a recuperação.
- O médico conta que, para pessoas com histórico de problemas cardíacos, as recomendações podem variar, mas é crucial informar ao anestesiologista sobre qualquer condição cardíaca preexistente. "Em alguns casos, exames cardiológicos adicionais podem ser necessários antes da anestesia. O anestesiologista tomará decisões com base no caso individual. Lembrar que a sedação deve ser feita apenas por um profissional habilitado, como o médico anestesiologista", finaliza Wellington Pioto.
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