Estudos defendem que a dieta promove a longevidade e a saúde do coração. Crédito: Shutterstock
Uma dieta baseada nos hábitos alimentares dos povos de Grécia, Espanha, Itália e outras culturas mediterrâneas. A base da alimentação é um alto consumo de frutas, verduras e legumes, cereais, nozes e castanhas, azeite de oliva e peixes. Assim é definida a dieta mediterrânea, eleita a melhor do ano. No início do janeiro, o ranking do US News & World Report elegeu a dieta mediterrânea como a melhor de 2022, sexto ano consecutivo em que ela leva o prêmio.
Estudos defendem que a dieta promove a longevidade e a saúde do coração. A ênfase é em gorduras poli-insaturadas, frutas e vegetais frescos, além de castanhas e sementes. "Inúmeros estudos científicos descrevem a dieta mediterrânea como a melhor estratégia alimentar para a prevenção de doenças e aumento da longevidade", explica a médica nutróloga Marcella Garcez.
A médica conta que entre os benefícios da dieta mediterrânea estão a redução do risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, metabólicas, inflamatórias, degenerativas e neoplásicas e maior e mais adequado aporte de macro, micronutrientes e antioxidantes, que uma dieta rica em alimentos processados. "Pela variedade alimentar ajuda a melhorar as percepções do paladar e de prazer a momento das refeições", diz Marcella Garcez.
"A dieta mediterrânea não tem como objetivo a perda de peso mas, através dos conceitos da dieta mediterrânea, é possível planejar um cardápio com baixas calorias e deste modo a pessoa pode perder peso e manter saúde"
Marcella Garcez
CUIDADOS
O médico nutrólogo Nataniel Viuniskie, da Herbalife Nutrition, diz que a dieta propõe um estilo de vida mais saudável por combinar a diversidade na alimentação baseada em frutas, vegetais e óleo extravirgem, evitando, sempre que possível, açúcar, farinhas e carne vermelha. "Obedece a um dos princípios da alimentação saudável, que é a variedade. Prioriza o consumo de alimentos frescos e naturais, baseando-se nos sabores e tradições da região mediterrânea, mas que podem ser adaptados aos alimentos de qualquer país".
Os estudos clínicos apontam que a dieta mediterrânea pode reduzir os riscos para diabetes do tipo II, colesterol elevado, demência, outros tipos de perda de memória, depressão e alguns tipos de câncer, especialmente o de mama. "O padrão alimentar proposto pela dieta mediterrânea contribui positivamente para a saúde, pois se trata de uma mudança no estilo de vida. Conforme evidenciado por um estudo publicado na Circulation Research, esta dieta contribui na prevenção do desenvolvimento de infartos, hipertensão, problemas associados ao perfil lipídico", diz o médico.
O estilo alimentar mediterrâneo possui pontos positivos e negativos. "Na minha experiência profissional, vejo que pessoas que exageram no consumo de massas e pães, e não ingerem a quantidade de proteína recomendada, com a falta de exercícios físicos, apresentam uma tendência de ganhar peso. Mas isso pode ser equilibrado com a introdução de mais feijões, nozes e suplementos à base de proteína isolada de soja", diz Nataniel Viuniskie.
Marcella Garcez diz que sem orientação a dieta mediterrânea pode ser bastante calórica. "Se houverem disfunções metabólicas instaladas, como obesidade e diabetes, é melhor procurar orientação médica para adequar o plano conforme as necessidades pessoais". Também é necessário ter cuidado com a quantidade de calorias, com a variedade e combinação dos alimentos, para ter um hábito alimentar equilibrado.
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