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Ex-BBB Bárbara Heck fica 21 dias sem comer; veja os riscos do jejum

Vários podem ser os impactos negativos no organismo, que vão desde fraqueza, tontura, queda de cabelo, envelhecimento precoce, cefaleia e deficiências nutrológicas

Publicado em 31 de agosto de 2022 às 10:52

Bárbara Heck
Bárbara Heck explicou que passou três semanas sem comer Crédito: Reprodução @Bárbaraheck

A ex-BBB Bárbara Heck compartilhou em seu Instagram o impacto no físico após um jejum de 21 dias que fez em um retiro. Ela contou que perdeu sete quilos, mas que recuperou o peso após voltar para a sua rotina de treinos e de dieta balanceada.

Bárbara explicou que passou três semanas sem comer, sem acesso ao celular, e que leu 11 livros durante o período. "Acho que perdi uns 7 quilos, mas aí voltei a treinar e a me alimentar, assim que cheguei e fui recuperando", contou. Nas fotos postadas, ela mostra a calça larga na cintura e, em seguida, com roupa de treino para ilustrar sua volta às atividades físicas.

Bárbara disse ainda que ficou os três primeiros dias sem tomar água e que precisou ficar em silêncio e sem internet. "Não comer foi o de menos. Difícil mesmo foi ficar sem falar", afirmou.

A atitude da modelo chamou atenção por conta da restrição alimentar. A médica nutróloga Marcella Garcez fala sobre os perigos de perder peso tão rápido. "Perder peso e emagrecer são coisas diferentes. Quando há redução rápida de peso corporal, além da gordura, ocorrem perdas indesejadas de água e massa magra, além de metabólitos e nutrientes essenciais para manter a saúde do organismo", diz.

"Vários podem ser os impactos negativos no organismo, que vão desde fraqueza, tontura, queda de cabelo, unhas frágeis, envelhecimento precoce, cefaleia, deficiências nutrológicas, perda de massa muscular e efeito sanfona, até situações mais graves como piora das respostas imunológicas, com maior suscetibilidade a doenças e risco de desenvolver transtornos alimentares"

A médica conta que qualquer emagrecimento rápido, ou acima de 10% do peso corporal, deve ter acompanhamento médico, pois pode estar acompanhado de consequências indesejadas à saúde, a curto e longo prazo. "Caso ocorra perda de peso não intencional, uma avaliação médica é imperiosa, para descartar doenças e disfunções graves", diz Marcella Garcez. 

Seja por motivos de saúde, estéticos ou devido à prática de esportes, uma dieta nunca deve ser feita sem o acompanhamento de um médico e/ou de um nutricionista. "Porque cada pessoa tem individualidades clínicas e bioquímicas, que apenas um diagnóstico médico poderá avaliar qual o tipo de programa de perda de peso é mais adequado para cada pessoa. Logicamente, existem orientações gerais quanto à alimentação saudável, que deveriam ser do conhecimento e fazer parte da rotina de todas as pessoas", diz a médica nutróloga.

ACOMPANHAMENTO

A endocrinologista Gisele Lorenzoni diz que nenhuma atitude radical compensa. "A pessoa que deixa de comer alimentos importantes no dia a dia, tem uma perda de nutrientes essenciais. Assim, é ideal começar qualquer dieta com acompanhamento médico. Nenhuma dieta correta faz com que se perca peso rápido. Esse tipo de dieta é perigoso".

A médica conta que o jejum pode gerar deficiência nutricional. "Cada organismo tem uma necessidade de nutrientes, pode haver alterações no nível de colesterol, de carboidratos, necessários para o dia a dia da pessoa, para energia, e causar cansaço, irritabilidade e perda de nutrientes", diz Gisele Lorenzoni. 

"É preciso perder peso com uma dieta balanceada, uma dieta hipocalórica. Isto depende de cada organismo e do que a pessoa pode fazer. O importante é reduzir a caloria para perder peso, assim é necessário um acompanhamento médico"

As dietas radicais podem trazer prejuízos a curto e a longo prazo, como alteração no nível do colesterol. "Cortar o carboidrato da refeição pode funcionar na perda de peso, mas por pouco tempo, além de levar a pessoa a ficar mais cansada, irritada e a ter uma redução no desempenho da atividade física. E existe um grupo restrito que não é ideal fazer este tipo de dieta, como os pacientes diabéticos, cardiopatas, renais crônicos. É preciso de orientação médica", diz a endocrinologista. 

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