![Bárbara Heck](https://midias.agazeta.com.br/2022/08/30/barbara-heck-827283-article.jpg)
Bárbara Heck explicou que passou três semanas sem comer. Crédito: Reprodução @Bárbaraheck
A ex-BBB Bárbara Heck compartilhou em seu Instagram o impacto no físico após um jejum de 21 dias que fez em um retiro. Ela contou que perdeu sete quilos, mas que recuperou o peso após voltar para a sua rotina de treinos e de dieta balanceada.
Bárbara explicou que passou três semanas sem comer, sem acesso ao celular, e que leu 11 livros durante o período. "Acho que perdi uns 7 quilos, mas aí voltei a treinar e a me alimentar, assim que cheguei e fui recuperando", contou. Nas fotos postadas, ela mostra a calça larga na cintura e, em seguida, com roupa de treino para ilustrar sua volta às atividades físicas.
Bárbara disse ainda que ficou os três primeiros dias sem tomar água e que precisou ficar em silêncio e sem internet. "Não comer foi o de menos. Difícil mesmo foi ficar sem falar", afirmou.
A atitude da modelo chamou atenção por conta da restrição alimentar. A médica nutróloga Marcella Garcez fala sobre os perigos de perder peso tão rápido. "Perder peso e emagrecer são coisas diferentes. Quando há redução rápida de peso corporal, além da gordura, ocorrem perdas indesejadas de água e massa magra, além de metabólitos e nutrientes essenciais para manter a saúde do organismo", diz.
!["Vários podem ser os impactos negativos no organismo, que vão desde fraqueza, tontura, queda de cabelo, unhas frágeis, envelhecimento precoce, cefaleia, deficiências nutrológicas, perda de massa muscular e efeito sanfona, até situações mais graves como piora das respostas imunológicas, com maior suscetibilidade a doenças e risco de desenvolver transtornos alimentares"](https://midias.agazeta.com.br/2021/11/09/245x245/marcella-garcez-640904.jpg)
"Vários podem ser os impactos negativos no organismo, que vão desde fraqueza, tontura, queda de cabelo, unhas frágeis, envelhecimento precoce, cefaleia, deficiências nutrológicas, perda de massa muscular e efeito sanfona, até situações mais graves como piora das respostas imunológicas, com maior suscetibilidade a doenças e risco de desenvolver transtornos alimentares"
Marcella Garcez
A médica conta que qualquer emagrecimento rápido, ou acima de 10% do peso corporal, deve ter acompanhamento médico, pois pode estar acompanhado de consequências indesejadas à saúde, a curto e longo prazo. "Caso ocorra perda de peso não intencional, uma avaliação médica é imperiosa, para descartar doenças e disfunções graves", diz Marcella Garcez.
Seja por motivos de saúde, estéticos ou devido à prática de esportes, uma dieta nunca deve ser feita sem o acompanhamento de um médico e/ou de um nutricionista. "Porque cada pessoa tem individualidades clínicas e bioquímicas, que apenas um diagnóstico médico poderá avaliar qual o tipo de programa de perda de peso é mais adequado para cada pessoa. Logicamente, existem orientações gerais quanto à alimentação saudável, que deveriam ser do conhecimento e fazer parte da rotina de todas as pessoas", diz a médica nutróloga.
ACOMPANHAMENTO
A endocrinologista Gisele Lorenzoni diz que nenhuma atitude radical compensa. "A pessoa que deixa de comer alimentos importantes no dia a dia, tem uma perda de nutrientes essenciais. Assim, é ideal começar qualquer dieta com acompanhamento médico. Nenhuma dieta correta faz com que se perca peso rápido. Esse tipo de dieta é perigoso".
A médica conta que o jejum pode gerar deficiência nutricional. "Cada organismo tem uma necessidade de nutrientes, pode haver alterações no nível de colesterol, de carboidratos, necessários para o dia a dia da pessoa, para energia, e causar cansaço, irritabilidade e perda de nutrientes", diz Gisele Lorenzoni.
!["É preciso perder peso com uma dieta balanceada, uma dieta hipocalórica. Isto depende de cada organismo e do que a pessoa pode fazer. O importante é reduzir a caloria para perder peso, assim é necessário um acompanhamento médico"](https://midias.agazeta.com.br/2022/04/13/245x245/-gisele-lorenzoni-744548.jpg)
"É preciso perder peso com uma dieta balanceada, uma dieta hipocalórica. Isto depende de cada organismo e do que a pessoa pode fazer. O importante é reduzir a caloria para perder peso, assim é necessário um acompanhamento médico"
Gisele Lorenzoni
As dietas radicais podem trazer prejuízos a curto e a longo prazo, como alteração no nível do colesterol. "Cortar o carboidrato da refeição pode funcionar na perda de peso, mas por pouco tempo, além de levar a pessoa a ficar mais cansada, irritada e a ter uma redução no desempenho da atividade física. E existe um grupo restrito que não é ideal fazer este tipo de dieta, como os pacientes diabéticos, cardiopatas, renais crônicos. É preciso de orientação médica", diz a endocrinologista.
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