'Fevereiro Laranja': campanha alerta para diagnóstico precoce da leucemia

Campanha ressalta a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de sucesso do tratamento da doença, além do cadastro como doador de medula

Campanha

Campanha "Fevereiro Laranja" ressalta a importância do diagnóstico precoce da leucemia. Crédito: Pexels

Assim como em várias doenças, o diagnóstico precoce é capaz de salvar vidas. Por isso, todos os anos diversas campanhas acontecem pelo Brasil e mundo a fim de conscientizar a população sobre a importância dessa detecção inicial, como o “Fevereiro Laranja”. Voltado especialmente para a leucemia, o mês busca alertar as pessoas sobre a doença com o objetivo de aumentar as chances de sucesso do tratamento.

“O grande problema é que muitos pacientes chegam aos serviços de saúde muito tarde”, afirma o hematologista Douglas Stocco. “As leucemias são doenças complexas, que atingem cerca de 10 mil pessoas anualmente no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer. Pela sua gravidade e possíveis complicações, o diagnóstico precoce é a melhor forma de combatê-la com maiores chances de sucesso”, complementa.

Segundo Stocco, não é possível prevenir a leucemia, por isso o foco no descobrimento precoce da doença é tão importante. Mesmo assim, há indícios para o diagnóstico, já que a leucemia é o crescimento descontrolado de células na medula, tecido líquido no interior dos ossos onde são fabricados os componentes do sangue. Assim, alterações no exame de sangue também são importantes sinais.

“Alguns sinais de alerta são: anemia, cansaço, hematomas e sangramentos espontâneos, que podem indicar o desenvolvimento da doença”, orienta.

TRATAMENTO

Apesar de ser grave, a leucemia tem tratamento, cujas chances de cura aumentam à medida que são descobertas novas substâncias que ajudam a combater as células doentes. As principais formas de combater a doença envolvem quimioterapia, mas avanços da medicina permitem que esse processo seja menos penoso para o paciente.

“Estão surgindo novas terapias imunológicas e terapias-alvo, recursos que melhoram a tolerância do paciente e a resposta do corpo ao tratamento. E existe também o transplante de medula, aplicado às leucemias que chamamos de alto risco. O transplante funciona como a substituição do sistema imunológico doente, que não conseguiu impedir a leucemia de surgir, por um saudável, que será recebido do doador e ajudará a combater as células doentes”, explica Stocco.

Além disso, outro objetivo da campanha Fevereiro Laranja é conscientizar a população para a importância de cadastrar-se como doador de medula óssea. O processo é simples, pode ser feito em qualquer hemocentro e é importante, dada a dificuldade de compatibilidade de medulas. Neste link você confere os endereços dos hemocentros no Espírito Santo.

“No hemocentro, o doador cede uma pequena quantidade de sangue, que é analisada e arquivada em uma central nacional de doadores. Assim, sempre que um paciente precisa de doadores, os dados dessa central são consultados e, caso haja chance de compatibilidade, os exames são ampliados e, em caso de medulas compatíveis, o transplante pode ser viabilizado”, detalha Stocco.

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