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Publicado em 5 de setembro de 2022 às 18:33
Uma imagem publicada no Journal of The European Academy of Dermatology and Venereology viralizou na internet. A foto mostra o rosto e o pescoço de uma mulher de 92 anos que supostamente usou hidratante com proteção UV no rosto, mas não no pescoço. O resultado é uma diferença marcante nos danos visíveis dos raios UV.
O texto não desenvolve mais acerca das condições da pessoa fotografada. Focado em prevenção ao câncer de pele, indica que mesmo que haja fatores endógenos e exógenos no processo, com o envelhecimento da população, a doença terá maior incidência de qualquer maneira.“O envelhecimento é um indutor discreto e potente de câncer de pele que precisa ser abordado sistematicamente para melhorar a prevenção no futuro”, conclui a pesquisa.
A pele que parece mais velha geralmente resulta do tipo de dano celular que aumenta o risco de desenvolver câncer, seja por meio de dieta, estilo de vida ou pelo uso de protetor solar, prevenir o envelhecimento pode ser considerada uma medida preventiva contra o câncer de pele. Embora Christian Posch, especialista em pesquisa de câncer de pele e autor do estudo, reconheça que isso nunca eliminará o risco de câncer, é uma área digna de consideração e um bom argumento para estender sua aplicação de protetor solar até o pescoço.
O filtro solar protege a pele dos efeitos nocivos causados pelos raios solares UVA e UVB, ajuda a evitar o surgimento de rugas e linhas de expressão, mantém a pele hidratada e, ainda, auxilia na prevenção de manchas e outras doenças de pele.
A dermatologista Renata Bortolini conta que os filtros são agentes químicos ou físicos capazes de bloquear a passagem da radiação ultravioleta para a pele. "Deve ser usado durante todo o ano para proteger a pele contra o ressecamento, o envelhecimento precoce, as lesões pré-cancerosas e até o câncer de pele".
Por isso, quanto mais clara for a pele, maior tem que ser a potência do protetor solar. A dermatologista explica que o pigmento da pele, chamado melanina, funciona como um chapéu que protege as células da pele da passagem de radiação ultravioleta. "Quanto mais clara a pele, menos pigmento e consequentemente menor a proteção contra a radiação solar e seus malefícios, por isso esses pacientes precisam estar sempre atentos ao uso de filtro solar com FPS adequado e proteção com barreiras físicas como chapéus, roupas UV e barracas de sol", diz Renata Bortolini.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o fator de proteção solar (FPS) mínimo indicado para a população brasileira é de 30, mas isso pode variar de acordo com o horário e duração da exposição solar, tons de pele e doenças que interagem com a luz do sol.
O benefício mais importante de seu uso é a prevenção do câncer de pele, já que os filtros solares tópicos absorvem e filtram a radiação ultravioleta (RUV), minimizando o dano dos radicais livres no DNA das células da pele. Eles também são fundamentais para minimizar o fotoenvelhecimento, ou seja, o impacto da radiação ultravioleta na pele, como o surgimento e agravamento de manchas, rugas e flacidez.
A dermatologista Sandra Federici fala da importância do uso do produto em casa, por conta das consequências das luzes artificiais sobre a pele, já que passamos mais tempo sob elas durante o frio. "Já se sabe que a luz azul dos celulares e computadores e as luzes brancas de dentro de casa e escritórios podem incidir sobre a nossa pele e piorar algumas doenças, como o melasma", diz Sandra Federici.
A dermatologista Renata Bortolini diz que as características da adaptação do produto como a cor, a textura, e o nível de segurança da proteção fazem a escolha ideal. "Para quem tem a pele livre de manchas como o melasma e vive uma rotina em ambientes fechados, o filtro solar com FPS 30 pode oferecer proteção suficiente, mas é importante fazer uma a avaliação especial com o dermatologista".
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