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Publicado em 20 de outubro de 2022 às 14:08
A osteoporose é uma doença silenciosa, ou seja, raramente apresenta sintomas antes que aconteça sua consequência mais grave, isto é, uma fratura óssea. Ela atinge uma em cada quatro mulheres após os 50 anos e um em cada oito homens – atualmente, são 10 milhões de pessoas com a doença no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. O dia 20 de outubro é marcado pela conscientização contra a doença, caracterizada pela perda ou produção insuficiente de massa óssea, tornando os ossos frágeis e suscetíveis a fraturas.
"A doença é causada pela fragilidade óssea, que leva ao risco aumentado de fraturas. Na maioria das vezes, acontece pela diminuição dos hormônios no sexo feminino e pela fragilidade óssea no idoso. Outros fatores de risco associados à doença são o histórico familiar, pessoas com baixo peso e estatura, asiáticos e a deficiência nutricional, principalmente de cálcio e de vitamina D", explica o reumatologista Luiz Fellipe Favoreto, da Unimed Vitória.
A osteoporose pode ser classificada como primária, quando está associada à pós-menopausa e idade avançada. Ou secundária, que ocorre devido a outras condições como as doenças inflamatórias (como artrite reumatoide), as doenças endócrinas (doenças da tireoide e paratireoide), as neoplasias (mieloma múltiplo) e uso de algumas medicações como o corticoide e os anticoagulantes", diz o médico.
A reumatologista Andressa Silva Abreu, da Imunomed, conta que o diagnóstico de osteoporose pode ser realizado por meio da densitometria óssea ou na presença de uma fratura secundária à fragilidade óssea, ou seja, fraturas espontâneas ou provocadas por leves traumatismos. "As fraturas mais comumente associadas à osteoporose acometem a coluna vertebral, o quadril, o antebraço e o braço".
A enfermidade não tem cura, mas pode ser tratada de forma mais eficaz e com menos efeitos colaterais por meio dos imunobiológicos, que são aplicados de forma subcutânea, em centros de terapia assistida. “Os medicamentos biológicos atuam especificamente na comunicação entre as células que reabsorvem o tecido dos ossos e as que formam novos tecidos ósseos, reequilibrando o processo de criação e destruição de massa óssea”, explica a reumatologista Andressa Silva Abreu.
No ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o lançamento do biológico romosozumabe. Esse anticorpo monoclonal para o tratamento da osteoporose é o primeiro medicamento do gênero com duplo mecanismo de ação, pois evita a perda de massa óssea e ao mesmo tempo regenera as partes já comprometidas pela doença. Ele é voltado para mulheres na pós-menopausa com alto risco de fratura ou para pacientes que falharam ou são intolerantes a outra terapia de osteoporose disponível.
A prevenção, os médicos ressaltam, consiste em aumentar a ingestão de cálcio através do consumo de leite e de seus derivados; a expor-se ao sol para manter adequados os níveis de vitamina D; a praticar atividades físicas regularmente para fortalecer os músculos e melhorar o equilíbrio, evitando quedas; a evitar o consumo de álcool e de fumo; além de utilizar os medicamentos prescritos pelo médico a fim de recuperar a massa óssea perdida e diminuir o risco de fraturas.
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