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Publicado em 4 de janeiro de 2023 às 13:58
A hemofilia é uma doença que se caracteriza por uma desordem no mecanismo de coagulação que pode levar a pessoa acometida a apresentar sangramentos em atividades simples do cotidiano, ou até mesmo de forma espontânea. O dia 4 de janeiro é a data para conscientizar a população sobre esta doença.
Muitos casos podem ser diagnosticados na infância, o que ajuda a iniciar o tratamento precocemente, diminuindo as chances de complicações. Por isso, os pais e demais responsáveis devem ficar atentos. “Muitos dos casos são descobertos quando a criança começa a engatinhar, gerando sangramentos ou hematomas duradouros. Também é um sinal de alerta para os pais os episódios de sangramento diante de traumas muito pequenos, mas que levam mais tempo do que o normal para cicatrizar, ou mesmo que não cicatrizam”, indica o hematologista Douglas Covre Stocco.
A hemofilia é uma doença de fundo genético, que atinge, praticamente, apenas indivíduos do sexo masculino. As mulheres podem ser portadoras do gene causador da doença, mas raramente desenvolvem o quadro. Ela pode ser classificada conforme a sua gravidade: grave (quando o fator de coagulação é menor do que 1%), moderada (quando esse fator varia de 1% a 5%), ou leve, quando o fator é superior a 5%.
Os sangramentos e hemorragias são os principais sintomas da hemofilia. Esses sangramentos podem ser intramusculares e intra-articulares, que podem desgastar cartilagens e articulações, podendo causar até mesmo lesões ósseas.
Alguns sintomas adicionais podem ocorrer, como dores, aumento da temperatura e dificuldades para realização de movimentos, já que as articulações mais comumente afetadas são tornozelo, cotovelo e joelho.
“Uma manifestação potencialmente perigosa é a hemorragia intracraniana, que pode causar dores de cabeça que não cessam com o uso de analgésicos. Sintomas associados, como confusão mental, desorientação, irritabilidade, sonolência, perda de consciência e convulsões podem ser indicativos desse quadro”, alerta o hematologista.
É possível controlar a hemofilia. A doença se caracteriza por dois tipos - A e B - e o tratamento consiste na reposição do fator de coagulação correspondente, com medicamentos fornecidos pelos hemocentros.
“Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, menor é a possibilidade de sequelas deixadas pelos sangramentos. Depois da detecção da doença, o paciente também deve realizar exercícios de fortalecimento da musculatura, assim como estar atento para tratar episódios de sangramento o mais rapidamente possível, para evitar danos musculares ou articulares”, indica o médico.
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