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Herpes vira assunto na web após beijo no BBB 22; entenda a doença

Eliezer, que beijou Natália e Maria na festa desta quarta-feira (9), estaria com lesões no lábio. Dermatologistas explicam causas, sintomas, tratamentos e como acontece a transmissão

Publicado em 10 de fevereiro de 2022 às 17:17

Eliezer do BBB 22
Eliezer, do 'BBB 22', pode estar com herpes labial Crédito: REprodução TV Globo

A festa em celebração à liderança de Jade Picon, no BBB 22, rendeu. Além das conversas sobre o jogo teve beijo na boca. No quarto grunge, Eliezer e Natália deram um beijão daqueles. A cena logo virou assunto nas redes sociais.

O participante também deu um beijo triplo com a mineira e Maria, sua affair no reality. Numa conversa no quarto, com Viny e Maria, o brother se mostrou preocupado. A atriz o acalmou e também lembrou que a única ressalva é que ele estaria com herpes labial. "Não tem nenhum problema. Só fico preocupada por você estar com herpes e ela não ter ligado para isso", disse a sister. Em seguida, a câmera do quarto deu um close no rosto do participante, onde é possível ver as feridas na boca.

A DOENÇA

Herpes é uma infecção de pele que pode aparecer em dois tipos – tipo 1 e tipo 2. A de tipo 1 normalmente infecta a boca, e a de tipo 2 normalmente infecta as genitais. Pode ser transmitida pela saliva, muito comum pelo beijo, ou por relação sexual.

A labial é uma infecção viral contagiosa extremamente comum na população, transmitida pelo contato direto ou indireto com pessoas infectadas, através, por exemplo, de beijos, gotículas de saliva ou compartilhamento de utensílios de uso pessoal.

"Ela é caracterizada pelo surgimento de formigamento/coceira ou ardência na região labial, ou seus arredores, seguido do surgimento de vesículas agrupadas. Depois que essas vesículas se rompem, surge uma pequena ulceração com posterior formação de crosta no local", explica a dermatologista Pauline Lyrio. 

A médica diz que boa parte da população adulta têm o vírus, mas nem todo mundo manifesta a doença, já que adquiriu imunidade na infância e adolescência. "Uma vez infectado, o organismo não consegue eliminá-lo por definitivo. Isso porque o vírus caminha pelo nervo e se instala num gânglio nervoso e ali fica 'adormecido', ao que chamamos estado de latência", conta Pauline Lyrio. 

"A pessoa pode ficar muitos anos sem ativar o vírus e permanecer assintomática. Porém, situações de baixa imunidade, estresse emocional, exposição excessiva a radiação solar ou traumatismos nos lábios podem favorecer a reativação do vírus, que caminhará pelo nervo, ocasionando os sinais e sintomas nos lábios novamente"

TRANSMISSÃO

A dermatologista Irene Baldi conta que enquanto houver alguma lesão no lábio, é possível contaminar outra pessoa. "Enquanto houver ferida na boca, há uma possibilidade alta de ocorrer o contágio. É preciso evitar o uso dos mesmos objetos da pessoa contaminada, evitar beijos e passar a mão no local", indica. 

A médica ressalta ainda que  o risco de transmissão é maior quando a pessoa que tem o vírus e está manifestando o problema. "Como é um vírus que se manifesta em alguns casos, e que a maioria tem, ele só é altamente transmissível quando aparece, na fase que apresenta vesículas na pele", diz Irene Baldi. 

"O foco para a maioria dos cuidados contra o vírus, é cuidar da imunidade, ou seja, se alimentar bem e ser saudável. Ter uma boa dieta, praticar exercícios físicos, beber muita água e dormir bem. Além disso, evitar compartilhar objetos pessoais como talheres, pratos, toalhas e escova de dente."

TRATAMENTO

Pauline Lyrio conta que, enquanto as vesículas estiverem presentes com seu conteúdo líquido, elas são infectantes. Dessa forma, um simples contato das mãos na região afetada pelas vesículas pode transferir o vírus para outras áreas do próprio corpo, inclusive os olhos e, também, para outras pessoas que entrem em contato pele com pele ou mucosa. Por isso, é recomendado que se evite contato físico direto com pessoas infectadas. "Além de evitar o compartilhamento de objetos pessoais, a pessoa deve lavar sempre as mãos e utilizar o protetor labial com filtro solar", recomenda a médica.

O diagnóstico é clínico, baseado no aspecto das lesões, que são características. A confirmação laboratorial pode ser útil em casos duvidosos com lesões atípicas ou de infecções graves. Não existe cura para herpes, mas existem alguns medicamentos antivirais que podem ajudar a aliviar os sintomas. "Existem pomadas voltadas para a herpes labial e genital, e medicações orais (antivirais) que dependendo da extensão do quadro devem ser utilizadas", explica Irene Baldi.

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