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Hipertensão arterial pode levar à perda dos rins; entenda

Em geral, os sintomas se manifestam quando a pressão já está muito alta, excedendo o limite máximo. A partir daí, as pessoas sentem dores no peito, na cabeça, tonturas e visão turva

Publicado em 30 de setembro de 2022 às 08:00

Hipertensão
A pessoa é considerada hipertensa quando, medindo a pressão arterial em repouso, apresenta valores iguais ou acima de 14 por 9 Crédito: Shutterstock

A hipertensão, popularmente conhecida como “pressão alta”, está relacionada com a força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular por todo o corpo. Ela acomete pessoas em todas as fases da vida. A cardiologista Fernanda Bento, da Rede Meridional/ Kora Saúde, explica que é uma doença com componentes genéticos e comportamentais, como o excesso de peso, a má alimentação rica em sal e sódio, o sedentarismo e o tabagismo. "Tudo isso pode contribuir para elevação da pressão do sangue contra as artérias do nosso corpo".

Os sintomas, como dores de cabeça, no peito e tonturas, costumam aparecer apenas em fases mais avançadas ou quando a hipertensão aumenta de forma abrupta. A pessoa é considerada hipertensa quando, medindo a pressão arterial em repouso, apresenta valores iguais ou acima de 14 por 9.

A doença é um dos principais fatores de risco e mais prevalente envolvidos nas doenças cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC). "Por isso a importância de rastrear e tratar a doença. Via de regra, ela começa sem sintoma e quando o médico vai aferir, ela está constantemente alta. Isso é um perigo", conta a cardiologista.

A pressão alta pode gerar, por exemplo, complicações no pulmão e nos olhos. E também levar a perda dos rins. Fernanda Bento explica que uma das principais causas da doença renal crônica é a hipertensão. "O rim é repleto de artérias que estão trabalhando com pressões muito altas. Este hiperestímulo com a pressão muito alta leva algumas alterações renais, não só como do funcionamento local, como da liberação de hormônios produzidos por esse órgão, levando a perda da função do rim".

Isso acontece porque começa a ter uma permeabilidade maior. "Aí perde proteínas através do rim e ele vai perdendo a capacidade de filtração que tinha antes". 

TRATAMENTO

Para o tratamento da doença renal crônica existem hipertensivos e outros medicamentos que ajudam a retardar e não haver a perda da função renal. "A última forma é a hemodiálise, sendo a terapia de substituição renal. O paciente realmente não controlou os fatores de risco ou a doença crônica progrediu muito rápido, sendo preciso que os rins sejam substituídos pela filtração da máquina", diz a cardiologista. 

A prevenção da pressão alta é o principal tratamento para evitar qualquer problema. Ou seja, comer pouco sal, evitar alimentos ricos em sódio e industrializados, praticar atividade física por pelo menos 150 minutos semanais, além de não fumar e não ter excesso de peso.

"O recomendado é procurar um médico depois dos 40 anos para fazer uma avaliação geral. E os pacientes com histórico familiar devem se consultar depois dos 20 anos", diz a médica. A prevalência da doença ocorre entre 35 e 55 anos. Sintomas como cansaço excessivo aos esforços e dores de cabeça constante devem ser avaliados.

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