Nos despedir de quem amamos não é fácil. Crédito: Shutterstock
Muitas pessoas têm dúvidas sobre como lidar com o luto, receosas de parecerem relapsas. Devemos organizar uma missa de um mês de falecimento? Celebrar anualmente? Existe uma regra?
Após a morte da minha mãe, minha família e eu nos perguntamos: haverá missa ou não? Optamos por vivenciar nossa saudade de forma íntima, sem um ritual formal.
Os rituais são fundamentais; eles marcam momentos importantes, sejam alegres ou tristes, e fortalecem laços afetivos. Batizados, casamentos, formaturas e velórios constituem marcos que nos conectam ao que amamos.
Considero essencial a missa de sétimo dia. É uma oportunidade para que familiares e amigos distantes expressem seus sentimentos, se confortem mutuamente e celebrem a memória do ente querido. Para as missas de mês e de ano, cabe a cada família decidir o que é mais apropriado, pois o luto é um dos sentimentos mais pessoais que podemos vivenciar.
Quando penso na morte da minha mãe, concordo com a poeta Elisa Lucinda: “Que desperdício. Não de ela perder a vida, mas a vida de perdê-la".
Sinto falta do calor da mão dela na minha, ao atravessarmos a rua, e das vezes em que eu perguntava: "Mãe, é pra lavar o cabelo?" Cada lembrança é um eco da saudade que carrego.
O luto é uma jornada solitária e compartilhada, repleta de amor e memória.
Até a próxima!
*inspirado em um texto meu de 12 anos atrás.
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