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Internado com varíola dos macacos, ex-'No Limite' sofre com dores e feridas

Matheus Pires continua internado nesta sexta-feira (8) em São Paulo em virtude do diagnóstico de varíola dos macacos. Em entrevista ao Globo, Felipe Perrin, casado com o carioca, contou que o marido possui várias feridas espalhadas pelo corpo que causam dor

Publicado em 8 de julho de 2022 às 19:49

Matheus Pires, de 'No Limite'
Matheus Pires está internado pro conta da varíola dos macacos Crédito: Fábio Rocha mai.2022/Globo

O diretor pedagógico e ex-participante do "No Limite" (TV Globo), Matheus Pires, continua internado nesta sexta-feira (8) em São Paulo em virtude do diagnóstico de varíola dos macacos. Em entrevista ao Globo, Felipe Perrin, casado com o carioca, contou que o marido possui várias feridas espalhadas pelo corpo que causam dor.

"Os médicos dizem que ele tem que esperar, pois não há tratamento específico para a doença. O próprio corpo vai se recuperando. Matheus só está no hospital por causa das dores", explicou.

Ele relatou que a descoberta da doença causou grande susto, mas contou que o marido está bem. Apesar do caso não ser considerado grave, ainda não há uma previsão de alta hospitalar ao ex-participante do "No Limite".

"A gente foi pego desprevenido e ficou surpreso com o diagnóstico. Mas está tudo sob controle. Ele está sendo bem assistido, e tem uma equipe médica acompanhando a evolução do quadro. Por não ser algo grave, a gente está tranquilo", finalizou.

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

Uma investigação epidemiológica está em andamento para tentar explicar o motivo do surgimento dos surtos atuais pelo mundo. No Brasil, a maioria dos casos se concentra em São Paulo (98). A doença tende a ser leve.

A doença começa com febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, ou seja, sintomas inespecíficos e semelhantes a um resfriado ou gripe. Em geral, de a 1 a 5 dias após o início da febre, aparecem as lesões cutâneas (na pele), chamadas de exantema ou rash cutâneo (manchas vermelhas). Essas lesões aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo.

A varíola dos macacos não se espalha facilmente entre as pessoas - a proximidade é fator necessário para o contágio. Sendo assim, a doença ocorre quando o indivíduo tem contato muito próximo e direto com um animal infectado (acredita-se que os roedores sejam o principal reservatório animal para os humanos) ou com outros indivíduos infectados por meio das secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas do sistema respiratório.

O tempo de incubação é um intervalo entre 5 e 21 dias entre o contato com uma pessoa infectada e o aparecimento do primeiro sintoma.

São dois tipos de diagnóstico: o clínico, baseado em sinais, sintomas e história, pode ser facilmente confundido com outras condições, como catapora ou molusco contagioso; e definitivo, que requer teste de laboratório específico, o PCR que detecta o vírus nas lesões de pele, mas essa ferramenta não está disponível em laboratórios clínicos.

QUAL O TRATAMENTO?

A varíola dos macacos tende a ser leve e, geralmente, os pacientes se recuperam em algumas semanas sem tratamento específico, apenas com repouso, muita hidratação oral, medicações para diminuir o prurido e controle de sintomas como febre ou dor.

Existem medicamentos antivirais, como o tecovirimat e o cidofovir, que podem ser usados em pessoas sob risco de complicações, mas que não são facilmente disponíveis comercialmente.

E, assim como na maioria das viroses agudas, o próprio sistema imunológico consegue eliminar o vírus e o paciente ficar completamente curado, sem intervenção alguma, ou seja, tem cura para a doença. No entanto, é essencial controlar e quebrar as cadeias de transmissão por meio da identificação de casos, com orientação de isolamento, a fim de se reduzir o número total de infectados.

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