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Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às 16:15
O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença inflamatória que pode atacar os tecidos dos órgãos e ocasiona dores musculares e artríticas, anemia, fadiga, febre, mal estar, além de erupções escamosas ou manchas vermelhas na pele. Por mais que as manchas e erupções na pele gerem um estigma estético, o lúpus não é uma doença contagiosa, ou seja, não pode ser transmitida de uma pessoa para outra.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), existem cerca de 65 mil casos de lúpus no país, sendo a maioria em mulheres. Artistas como Selena Gomez e Lady Gaga são diagnosticadas com a doença autoimune, e Gomez já precisou passar por um transplante de rim por conta da condição. Durante fevereiro, campanhas de conscientização, combate, prevenção e diagnóstico precoce destacam o lúpus, por ser doença crônica que não tem cura.
A doença pode ser agravada pela exposição ao sol, que deve ser evitada com chapéus e óculos, por exemplo. O reumatologista Levi Jales Neto, na Rede de Hospitais São Camilo, destaca alguns fatores que podem ocasionar o lúpus.
“Não existe uma causa específica para o lúpus, como a maioria das doenças autoimunes, estudos apontam que as causas estão relacionadas com fatores hormonais, infecciosos, ambientais e genéticos. Dentre eles, a exposição excessiva à luz solar, traumas emocionais e infecções virais podem desencadear a doença”, explica.
De acordo com o Ministério da Saúde, o lúpus, além de ser mais comum em mulheres, prevalece mais comum em populações afro-americanas, hispânicas e asiáticas, sendo até quatro vezes mais incidente em mulheres negras do que em mulheres brancas. “A doença afeta mais pessoas entre 15 e 40 anos, mas pode ser diagnosticada em qualquer idade”, afirma o especialista
O tratamento para a condição autoimune é feito com anti-inflamatórios, corticoides e imunossupressores, sendo essencial consultar um reumatologista para diagnosticar e iniciar o tratamento correto para o lúpus. Além disso, o médico ressalta que não existe um exame específico para a doença, porque cada paciente a manifesta de forma diferente. No entanto, um exame físico ou um hemograma completo pode indicar sinais da doença.
“Para o paciente diagnosticado, é preciso o acompanhamento frequente e a medicação em períodos de crise por se tratar de uma doença crônica, assim como em casos de mulheres que desejem engravidar, o ideal é optar pelo período de remissão das crises para isso. Com o acompanhamento correto, a pessoa portadora do lúpus pode alcançar uma boa qualidade de vida”, finaliza o reumatologista.
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