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Publicado em 9 de novembro de 2021 às 12:57
Shows, casamentos e, já bem próximo, o carnaval. Você teria coragem de ir em algum desses eventos? Não se preocupe caso ainda esteja desconfortável, é normal que essa retomada aconteça de forma gradativa e, acima de tudo, no seu tempo. Voltar a frequentar ambientes com mais pessoas é um processo individual que precisa ser trabalhado, caso contrário, outros problemas podem acabar surgindo.
Segundo uma pesquisa do Instituto Datafolha, 80% dos brasileiros acreditam que a pandemia está controlada no Brasil. Desses, 71% entendem que está controlada em parte e os outros 9% afirmaram totalmente controlada. Diante desse numero expressivo, o médico e professor de psiquiatria da UVV, Dr. Valber Dias Pinto, explicou como tratar o medo para não afetar outras áreas da vida.
"Primeiro, é preciso compreender que o medo é uma emoção natural, pode preservar enquanto pessoa em situações perigosas, mas o excesso também pode ser ruim. Gosto de dar o exemplo de uma senhora que, durante a pandemia, ficou com medo de segurar o corrimão para não se contaminar, mas sem o apoio, acabou caindo. Esse medo tem que ser calibrado para não trazer malefícios", afirmou.
De acordo com o médico, o primeiro passo para criar confiança é marcar encontros com amigos que estão respeitando os protocolos desde o início da pandemia. "Nessa altura, já sabemos quem tem um comportamento seguro e quem não tem, basta começar analisando com quem você quer socializar", relatou.
O especialista explica que é fundamental exercitar o convívio para acabar não gerando crises de ansiedades e pânicos sociais. Para o Dr. Valber, a angústia proveniente da pandemia pode deixar sequelas, por isso é necessário trabalhar o estímulo social em segurança, usando máscara (em locais fechados, N95), levando um álcool em gel na bolsa e dar preferência para locais abertos.
O fato é que pensar em alternativas para um retorno consciente é a chave para trilhar um caminho de volta ao "normal". E mesmo em situações que envolvam aglomerações, como Carnaval, o professor garante que há opções para todos. "Ao invés de ir para um camarote lotado no carnaval, opte por uma marchinha de rua, uma forma de contornar aquela concentração de pessoas", frisou Valber.
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