Foto de divulgação do filme "365 Dias", da Netflix. Crédito: Netflix
Na última sexta-feira (19), a Netflix lançou "365 Dias Finais", o terceiro e último filme da trilogia erótica "365 dias", com um enredo bem apimentado (assista ao trailer logo abaixo). E desde o primeiro longa, a saga já chegou dividindo opiniões sobre o quanto ele pode ser benéfico para a libido feminina. Afinal, mulher gosta ou não de filme pornô?
O autoerotismo faz parte do comportamento sexual das pessoas e o filme erótico entra nesse contexto de alimentação do desejo, mesmo sabendo que a história visualizada não é real.
Culturalmente, o vídeo pornô é a preferência masculina - ou podemos dizer a escola sexual para muitos - pela forma explicita de exibição do ato sexual direto e sem delongas, trabalhando de forma visual as variadas fantasias. Essa forma não atinge diretamente a resposta sexual feminina, pois depende muito da carga cultural e do quanto de crenças que essa mulher carrega, podendo levar o filme pornô a ser um gatilho negativo e até mesmo repulsivo.
Muitas mulheres cresceram no amor idealizado romântico e sem informações sexuais, subjugando dela ser a única fonte provedora de prazer do parceiro. Se deparar com o fato de que o outro se masturba assistindo pornô vai soar como compensação, troca, traição e levar a comparação com as atrizes ali presente, diminuindo sua autoestima.
O filme erótico pode ser sim um ótimo gatilho de alimentação de desejo para a mulher, mas essa premissa vai depender da compreensão do mesmo para cada uma. A forma como esse filme é apresentado também vai fazer diferença.
Quando essa mulher está desnuda de tabus e crenças limitantes que a impedem de olhar para dentro e se permitir ao prazer ali estimulado é mais fácil. Costuma-se ser mais eficaz quando o filme vem acompanhado de um contexto, uma narrativa de identificação, demonstrando mais realismo ao cotidiano vivido por muitas e uma pitada de fantasia amorosa. Os filmes e séries na linha da saga "365 Dias", como "50 Tons de Cinza" e "Bridgerton" que o digam.
No mercado sensual, existem autores que produzem filmes com essas características para mulheres, estimulando a fantasia e o autoconhecimento com uma pegada bem apimentada e sem necessariamente ser romantizado, como por exemplo a famosa Erika Lust.
Esse tipo de filme também traz vantagens para o relacionamento, principalmente o sexual, estimulando em ambos a criatividade sexual. E, quando o casal assiste junto, a comunicação flui aberta sobre o que gostam e o que não gostam, conectando mais os parceiros.
A mudança do formato ou estereótipo de filmes só para homens está ganhando o mercado feminino, ajudando a libido do casal e a forma como olham a sexualidade. Vou deixar como dica para vocês a criação de um momento "meteflix": uma hora na semana para assistir a um filme mais sensual sozinha ou em casal e escrever sobre o filme e o quanto ele mexe com você.
Se você tem dificuldades de relacionamento e isso está ligado também ao estímulo do vídeo pornô, procure ajuda. A terapia sexual pode trazer mais lucidez ao seu problema.
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