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Publicado em 14 de julho de 2022 às 10:00
A demência significa a perda progressiva de habilidades intelectuais previamente dominadas pela pessoa. O neurocirurgião Bruno Borlott conta que a perda de memória é um sintoma imprescindível para caracterizar uma síndrome demencial, porém outras áreas cerebrais com funções importantes também podem estar acometidas.
"A dificuldade na linguagem e comunicação, na capacidade de realizar cálculos, no julgamento das situações vivenciadas, na perda das habilidades em resolver os problemas do cotidiano, entre outros. Além disso, podem estar presentes alterações comportamentais, psicológicas e motoras", conta.
O médico explica que na maioria das vezes, na fase mais inicial da doença, como os sintomas tendem a ter início lento e progressivo, muitos pacientes demoram em receber o diagnóstico correto. "Em muitos casos a perda de memória é atribuída pela família ao próprio envelhecimento. Contudo, com a progressão da doença e o agravamento dos sintomas, o paciente vai perdendo a capacidade para exercer suas atividades do cotidiano, se tornando cada vez mais dependente do auxílio de terceiros", diz Bruno Borlott.
A Doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência, porém diversas outras doenças também podem cursar com síndrome demencial, tais como a Demência Vascular em pacientes com múltiplos pequenos infartos cerebrais, Demência com Corpos de Lewy, Demência Frontotemporal (Doença de Pick), Etilismo Crônico, Doença de Parkinson (geralmente em fases mais tardias), traumatismo craniano repetitivo (Demência do Pugilista), Doença de Huntington, Doença de Creutzfeldt-Jakob (Doença da Vaca Louca) e algumas demências potencialmente reversíveis, como a causada por deficiência de vitaminas, hidrocefalia, doenças infecciosas, autoimunes e distúrbios metabólicos.
A alimentação é um dos principais fatores que podem impactar positivamente na prevenção da demência. Ou seja, manter uma dieta saudável é capaz de trazer benefícios a longo prazo e prevenir ou retardar alguns quadros demenciais.
O neurocirurgião conta que existe uma infinidade de bons alimentos para o cérebro e memória. Vale investir nos frutos secos e sementes, nos cereais integrais, nos vegetais e nas verduras, nos peixes, ovos, cacau e soja, alimentos que possuem real benefício para a saúde cerebral. "Manter uma dieta bem equilibrada e que inclua esses alimentos pode prevenir o declínio cognitivo cerebral. Alimentos ricos em vitaminas (vitamina E e do complexo B), ômega 3, flavonoides e outros com potencial antioxidante também devem ser consumidos no dia a dia", diz Bruno Borlott. Ter hábitos de vida saudável, além de evitar o consumo excessivo de álcool e o hábito de fumar, também contribuem ara evitar a doença.
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