A crise climática impõe uma urgência na discussão e na busca de soluções e saídas para a crise. Crédito: Shutterstock
Passadas as eleições, o Brasil pode voltar a dar atenção à temática ambiental. Após quatro anos de retrocesso em todas as áreas relacionadas à sustentabilidade ambiental, os ambientalistas do Brasil e do mundo voltam seu olhar e sua atenção para as propostas do presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva.
A crise climática impõe uma urgência na discussão e na busca de soluções e saídas para a crise. Acontece no Egito a COP 27. Desde 1995, a Organização das Nações Unidas (ONU) reúne lideranças de todo o mundo para discutir ações de enfrentamento ao desafio global das mudanças climáticas. Chamada de Conferência das Partes (Conference of the Parties), a COP chega à sua 27ª edição em 2022.
É um dos eventos mais importantes sobre mudanças climáticas no mundo. Um dos principais desafios desta edição é o financiamento das ações para mitigação e para a adaptação aos efeitos das mudanças do clima. E o fortalecimento das metas para redução das emissões de carbono.
Em função da postura do governo Bolsonaro em relação ao tema durante seu governo, as lideranças do evento convidaram o presidente eleito, para participar dos debates. Comentaristas e ambientalistas acreditam que o Brasil deixará de ser um pária internacional e pode vir a ser uma liderança global nessa agenda.
No cenário externo, essas são as demandas para o novo governo.
SUMAÚMA
No cenário interno, também existem demandas para recuperar e resgatar os retrocessos do atual governo.
Cinco jornalistas - Eliane Brum, Jonathan Watts, Carla Jimenez, Verônica Goyzueta, Talita Bedinelli - com décadas de profissão, compreenderam que, diante da emergência climática e da sexta extinção em massa de espécies, precisavam criar algo diferente. O resultado dessa iniciativa é a plataforma de jornalismo Sumaúma.
Sumaúma é uma das maiores árvores da floresta amazônica. Suas raízes puxam a água do chão e a lançam no céu, engrossando os rios que voam sobre nossas cabeças para levar chuvas para outras regiões do Brasil e do planeta.
A plataforma Sumaúma, em seu manifesto, afirma: “queremos contar histórias que moram aqui, na Amazônia, e contar histórias que acontecem em outras partes do planeta a partir da floresta e da perspectiva de seus vários povos, assim como da melhor ciência do clima e da Terra. E trabalharemos para que essas histórias ecoem longe, colaborando para irrigar o debate público e para engrossar rios voadores de ideias capazes de se converter em ação.”
Eles estão divulgando uma série de reportagens, matérias e vídeos, com o intuito de apresentar ao presidente eleito, as demandas e as questões dos povos originários. São conteúdos comoventes que mostram como esses povos foram ignorados nos últimos anos, como sofreram, e que precisam ser ouvidos.
Sumaúma lançou uma campanha de doação, nacional e internacionalmente, para levantamento de recursos para viabilizar financeiramente a iniciativa.
Quem quiser e puder contribuir, vai colaborar para que a voz da floresta e dos seus povos sejam ouvidos no Brasil e no mundo. Você pode colaborar compartilhando essa iniciativa e seus conteúdos e apoiando financeiramente o projeto.
Este vídeo pode te interessar
A expectativa e a esperança dos brasileiros e de todos os cidadãos do planeta é que o novo governo consiga atuar de forma enfática para resolver esses enormes desafios ambientais, sociais e econômicos. Será uma tarefa árdua e será necessária uma ampla participação das instituições e de toda a sociedade civil.
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de HZ.
Se você notou alguma informação incorreta em nosso conteúdo, clique no botão e nos avise, para que possamos corrigi-la o mais rápido o possível