Como anda a sua saúde? E o seu peso? Um das formas de monitoramento da saúde é através do Índice de Massa Corpórea (IMC). Ele é um cálculo que ajuda a avaliar se a pessoa está dentro do seu peso ideal de acordo com sua altura. O cálculo é feito assim: a divisão da massa do indivíduo, em quilogramas, pelo quadrado de sua altura, em metros. Se o resultado é abaixo de 17, a pessoa está muito abaixo do peso. Se, por exemplo, é entre 30 e 34,99 a pessoa está em obesidade I.
A questão é: será que o IMC é uma medida muito útil para a saúde de uma pessoa? Nenhum especialista ouvido pelo New York Times, confirmou isso. Alguns disseram que chamariam o índice de fraude.
O IMC é um cálculo que ajuda a avaliar se a pessoa está dentro do seu peso ideal de acordo com sua altura. Crédito: Freepik
A endocrinologista Gisele Lorenzoni explica que índice é útil para avaliar a saúde de uma pessoa e fazer uma classificação, uma estimativa do peso ideal da pessoa e classificar se ela está com peso normal, com sobrepeso, ou se tem obesidade. Porém, o índice desconsidera características importantes para a avaliação corporal do paciente, como massa muscular, gordura e estrutura óssea.
"Existem outras formas de se medir a massa corporal, então dependendo do caso é preciso fazer diversos exames para ver cada caso e não apenas se basear pelo IMC"
Gisele Lorenzoni, endocrinologista
A médica nutróloga Marcella Garcez diz que IMC é um método fácil e rápido para a avaliação do nível de massa corporal de uma pessoa e um preditor indicativo de desnutrição, eutrofia e obesidade, adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "Para adultos, um IMC ideal é um indicativo de peso saudável, que está associado com maior tempo de vida e menor incidência de doenças graves", diz.
TAXA DE OBESIDADE
Porém, a médica explica que nem sempre pessoas com um índice de massa corporal mais alto têm mais gordura corporal, por isso o índice não obrigatoriamente pode ser útil para monitorar as taxas de obesidade. "Podemos usar o IMC com algumas ressalvas, exceto para pessoas que praticam musculação, onde o cálculo de percentual de gordura é muito mais condizente com a realidade. No caso de crianças, adolescentes e pessoas idosas, existem tabelas de referência adequados. Grupos étnicos muitas vezes também devem ter valores corrigidos", diz Marcella.
Gisele Lorenzoni ressalta que ele não serve para avaliar quantidade de gordura corporal. "Na verdade, ele é um cálculo simples e não invasivo, ele te dá uma estimativa se seu peso está bom em relação a sua altura, mas ele não serve para medir gordura corporal. Mas ainda é utilizado para classificar sim, graus de obesidade, porque é um método simples e fácil que não tem custo, então dá para ter uma estimativa quanto a grau de obesidade", diz.
Os riscos de um IMC muito baixo ou muito alto são o aparecimento de doenças como obesidade, diabetes e infarto, de acordo com cada padrão avaliado. "Para ter uma saúde melhor, o ideal é ter uma alimentação balanceada, de acordo com o que seu corpo precisa, e a prática de exercícios físicos", diz Gisele Lorenzoni.
A médica nutróloga Marcella Garcez reforça: "É preciso ter um estilo de vida saudável que inclui hábitos alimentares equilibrados, prática moderada de atividades físicas, bons hábitos de sono, cuidados pessoais adequados e estratégias para o manejo do estresse", diz.
VEJA COMO É CALCULADO
O IMC é determinado pela divisão da massa do indivíduo, em quilogramas, pelo quadrado de sua altura, em metros.
- Abaixo de 17: muito abaixo do peso
- Entre 17 e 18,49: abaixo do peso
- Entre 18,50 e 24,99: peso normal
- Entre 25 e 29,99: acima do peso
- Entre 30 e 34,99: obesidade I
- Entre 35 e 39,99: obesidade II (severa)
- Acima de 40: obesidade III (mórbida)
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