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Publicado em 5 de outubro de 2022 às 11:25
O câncer de mama é o crescimento anormal das células formando um tumor maligno na mama ou na axila com capacidade de espalhar para outros órgãos. Este tipo é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde o de colo do útero ocupa essa posição. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) são estimados 66.280 novos casos. A doença também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos.
E outubro é o mês de conscientização doença com a campanha Outubro Rosa, que se dedica a mostrar às mulheres como se prevenir contra o tumor que leva à morte mais de 18 mil delas por ano no país. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 80% dos casos de câncer estão relacionados ao estilo de vida das mulheres.
Segundo o Inca, a obesidade e o sedentarismo estão ligados ao risco de desenvolvimento da doença. Por isso, a prática regular de atividades físicas, sendo no mínimo 150 minutos por semana, pode diminuir o risco da doença. Este e outros hábitos no dia a dia podem prevenir o câncer de mama; confira abaixo.
A clínica geral Maria Raris, alerta sobre os cuidados importantes para evitar a doença como a necessidade de ter uma alimentação saudável, praticar atividade física com regularidade, evitar o tabagismo e a bebida alcoólica. Ela ainda sugere que a mulher evite o excesso de consumo de carne vermelha, por possuir alto teor de gordura saturada. Isso aumenta a ingestão calórica contribuindo para o ganho de peso e pode ser associada ao câncer de mama. Cerca de 10% dos casos de câncer de mama estão ligados a mutações genéticas hereditárias
“Hoje é possível detectar essas mutações através da análise genética e também com alguns marcadores sanguíneos, mas que não costumam ser utilizados para diagnóstico. É necessário associar ao quadro clínico da pessoa e fazer o acompanhamento pelo meio de exames preventivos, mamografia a partir dos 40 anos, a ultrassonografia de mama e o autoexame".
A mastologista Thaissa Tinoco explica que o câncer de mama é estimulado pelo hormônio do ovário. E quando há uma exposição prolongada a esses hormônios, há um risco maior de se desenvolver a doença. "Ou seja, quando uma mulher tem a sua primeira menstruação muito cedo e a última menstruação muito tardiamente, ela fica exposta ao estímulo hormonal mais tempo. Esse é um dos fatores de risco para o câncer de mama. Outro fator de risco é alteração genética, mas aí corresponde a menos de 2% dos tumores. O sedentarismo e a obesidade também estão ligados a neoplasia mamária".
A oncologista Virgínia Altoé Sessa diz que a escolha por um estilo de vida saudável com alimentação rica em fibras e pobre em gordura e carboidratos, não abusar do álcool, não fumar, fazer atividade física regular, ir ao médico regularmente e realizar os exames preventivos são hábitos aliados da saúde.
Apesar de ser mais comum em pacientes com mais de 50 anos, essa realidade tem mudado: de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), houve um aumento da incidência de câncer de mama entre mulheres mais jovens, antes dos 35 anos. Nos últimos dois anos, a ocorrência de casos nessa faixa etária representou 5% do total de casos. Antes, esse total era de apenas 2%.
A mastologista diz que é preciso a mulher conhecer as mamas. "Porque a mulher que se conhece, sabe como que é a morfologia, o toque da sua mama, qualquer alteração, qualquer coisa de diferente que aparecer ela vai dar sinal. E em caso de alguma anormalidade, precisa procurar um médico. É fundamental ter essa conscientização mamária".
Fazer a mamografia é fundamental como prevenção. O exame é indicado para todas as mulheres, anualmente, após os 40 anos. "Existem algumas outras peculiaridades em que a mamografia deve ser feita, mas em geral, em mulheres assintomáticas que não tem nenhuma queixa, o procedimento deve ser realizado após os 40 anos", diz Thaissa Tinoco.
A mamografia é o único exame que, quando feito de forma regular em pacientes assintomáticas, consegue reduzir o número de mortes por câncer de mama. "Isso porque o exame é capaz de detectar a doença de forma precoce. E quanto antes a doença for descoberta, mais cedo pode ser tratada e maiores as chances de cura", finaliza Thaissa Tinoco.
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