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Publicado em 31 de janeiro de 2023 às 16:10
A influenciadora Flávia Pavanelli foi internada com o diagnóstico de pielonefrite. No Instagram, a modelo afirmou que teve sintomas silenciosos e demorou a procurar um profissional. "Um final de semana um pouquinho diferente… na quinta-feira fui diagnosticada com pielonefrite depois de alguns dias achando que era 'só uma dor muscular'. Meus sintomas foram silenciosos, demorei a procurar um profissional e isso fez com que meu caso ficasse à beira de uma infecção generalizada", contou.
A pielonefrite é uma infecção do trato urinário que acomete o parênquima renal e o sistema coletor. "É relativamente comum e ocorre principalmente em mulheres sexualmente ativas. A incidência no sexo masculino começa a aumentar a partir dos 60 anos. A infecção pode ser transmitida por duas vias: via ascendente, mais comum, decorrente de infecções do trato urinário inferior; e a via hematológica, mais rara", diz a nefrologista Lais Ceccatto de Paula, da Unimed Vitória.
A infecção requer atenção médica imediata, já que quando não tratada de forma adequada, pode se disseminar por meio da corrente sanguínea, provocando uma condição potencialmente fatal chamada septicemia.
Lais Ceccatto de Paula diz que os sintomas iniciais podem ou não estar associados a sintomas da infecção do trato urinário baixa, como ardência a urinar, aumento da frequência para urinar e dor em hipogástrio.
O nefrologista Sergio Gobbi, da Rede Meridional, explica que a infecção urinária pode ser na bexiga (cistite) ou no rim (pielonefrite). Mulheres têm mais infecção urinária devido ao menor comprimento da uretra feminina, permitindo a ascensão de bactérias à bexiga. "A bactéria que causa infecção urinária é uma bactéria intestinal na maioria das vezes. Na vagina existem bactérias que não causam infecção e que protegem a mesma. Situações que facilitam a colonização vaginal por outras bactérias, geralmente intestinais e chamadas de patogênicas, predispõem a mulher a desenvolver a infecção. Entre elas está a alteração do pH vaginal (estresse), o uso de antibióticos e a presença de corrimentos vaginais e uso de espermicidas".
Outro fator comum, em mulheres jovens, é a atividade sexual. "É importante ressaltar que raramente é o parceiro que transmite a infecção do trato urinário (ITU). A maioria dos germes que causam as infecções está presente no intestino e pode migrar para a vagina e a bexiga", conta o médico. O diagnóstico é realizado através do quadro clínico com o exame de urina. "É importante sempre solicitar cultura de urina, para identificar a bactéria. Isso ajuda bastante tanto no correto tratamento, quanto na posterior prevenção", diz Sergio Gobbi.
O tratamento é feito com antibióticos e, dependendo da gravidade, o paciente pode ser internado em um hospital para a medicação endovenoso.
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