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Publicado em 5 de setembro de 2022 às 08:00
Pólipo Endometrial é o crescimento de uma espécie de verruga na parte interna do útero (endométrio). O pólipo é benigno, porém pode causar preocupações à mulher por conta de seus sintomas, especialmente naquelas acima de 60 anos e, sem acompanhamento médico adequado, pode se transformar em um enorme problema de saúde.
“Mulheres com alterações hormonais, com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e que usam estrogênio por longos períodos possuem risco maior de desenvolver pólipos endometriais”, explica o ginecologista e membro da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), Marcos Tcherniakovsky.
O médico conta que a doença tem uma prevalência na população geral que pode chegar a 35%, duas vezes mais frequente na pós-menopausa do que em mulheres no período menstrual. "Pode estar associado, muitas vezes, a situações como obesidade, hipertensão e idade mais avançada. Nesses aspectos, a gente precisa ter um cuidado maior". Apesar dele ser menos comum na pré-menopausa, é encontrado de 10 a 40% das mulheres que sofrem por algum tipo de sangramento irregular.
O médico destaca que, caso a mulher tenha um sangramento maior, ela pode ter cólica. O sangramento está muito ligado à dor. Se ela tem cinco ou seis dias de menstruação, o dia que sangrar mais, provavelmente, será o que terá mais cólica.
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar prejuízos à saúde, já que muitas mulheres não apresentam sintomas e, neste caso, são as consultas e exames de rotina que apontarão a existência do problema.
Com o vídeo-histeroscopia operatória é retirado o pólipo por completo, sem traumatizar a cavidade. Por ser benigno, o pólipo não deve ser menosprezado. “Conseguimos tratar com sucesso a maioria dos casos, mas é um fato que pode acontecer mais frequentemente no período da menopausa. Doenças como obesidade, hipertensão arterial e diabetes mellitus podem estar relacionadas a uma maior tendência à malignidade dos pólipos endometriais. O acompanhamento regular, mesmo após o diagnóstico, também é importante para evitar esse tipo de complicação e devolver qualidade de vida à mulher”, finaliza Tcherniakovsky.
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