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Publicado em 27 de fevereiro de 2023 às 17:50
Uma pesquisa da Revista Brasileira de Cancerologia, associada ao Instituto Nacional de Câncer (Inca), mostra que os dois tipos de câncer que podem ser mais incidentes entre 2023 e 2025 são os de mama feminino e de próstata. Ao mesmo tempo, o Instituto projeta que a mortalidade prematura por conta da doença deve diminuir entre 2026 e 2030. Com tantos avanços que permitem saber mais sobre o problema e seus tratamentos, ainda há mitos que precisam acabar, como o de que a testosterona pode levar a um câncer de próstata.
“Ao contrário dessa afirmação, novos estudos estão utilizando a testosterona para o tratamento e cura desse tipo de câncer. Recentemente, um médico brasileiro ganhou um prêmio equivalente ao Oscar em oncologia em um estudo em que utilizava altas doses do hormônio para tratar um paciente com a doença”, comenta o endocrinologista e metabologista Igor Barcelos.
O médico conta que, diferente do que se pensa, diversas pesquisas apontam que pessoas com baixos níveis de testosterona apresentam mais riscos em desenvolver o câncer de próstata, além de serem suscetíveis a uma enfermidade mais agressiva.
“Esse hormônio ajuda muito, principalmente na melhora da qualidade de vida do homem. Os estudos derrubam teses de que a reposição hormonal seja uma causa de aumento de câncer. Se você tem sinais de deficiência hormonal, procure seu médico e avalie a possibilidade de tratamento”, acrescenta o especialista.
A terapia de reposição de testosterona é indicada, principalmente, para o cuidado da andropausa, distúrbio hormonal natural que surge em homens a partir dos 40 anos, causando, além de problemas como disfunção erétil, diminuição da energia, cansaço crônico e perda de memória, irritabilidade e ganho de peso.
Embora o assunto seja relevante, ele não é amplamente discutido pela sociedade. Segundo pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), mais de 57% dos homens nunca ouviram falar em andropausa e 71% desconhecem seus sintomas. O levantamento foi realizado com 3.200 homens com mais de 35 anos em oito capitais brasileiras, sendo elas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Recife e Curitiba.
“Uma vez que é detectada a necessidade de uma reposição hormonal, é preciso realizar uma série de exames para comprovar a deficiência dos hormônios. Em seguida, devem ser feitos alguns testes para excluir doenças”, diz Igor Barcelos.
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