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Publicado em 22 de setembro de 2022 às 07:00
Como dizem os memes da internet: 'quem tem rinite não tem um dia de paz'. O inverno está chegando ao fim nesta quinta (22) e a turma com problemas de alergias não deve se livrar tão fácil das irritações e inflamações nas mucosas nasais.
Segundo o otorrinolaringologista do Hospital Otorrinos Curitiba, Diego Malucelli, a nova estação traz a beleza das flores, mas também a danada da rinite e outras inflamações da mucosa nasal. “Com a chegada da primavera, a explosão de pólen (fenômeno típico da estação) é o gatilho para o início das reações alérgicas. O pólen liberado pelas flores entra em contato com a mucosa respiratória e provoca as crises”, explica o especialista.
Olhos irritados, coceira no nariz, coriza, espirros constantes - principalmente pela manhã e à noite - e obstrução nasal são os principais sintomas da rinite. O otorrino lembrou que a poeira e os ácaros são os principais vilões da rinite alérgica.
“Quem tiver hipersensibilidade a essas substâncias poderá apresentar crise de rinite alérgica. Outros agentes podem ser causadores, mas em menor escala. Há, ainda, as rinites perenes, que são durante todo o ano, como é o caso de sintomas à exposição diante de animais domésticos, como cães e gatos”, ressaltou.
A rinite alérgica é mais comum após os 2 anos de idade e atinge cerca de 26% das crianças. Em adolescentes, esse percentual vai a 30%, de acordo com dados do ISAAC (Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância).
A rinite alérgica é um quadro crônico que, geralmente, começa na infância. Lembrando que existe predisposição genética para alergia, ou seja, filhos de pai e mãe com alergia têm 50% mais chances de desenvolver a doença. A doença tem tratamento, mas não tem cura.
A dra. Maria Cândida Rizzo, Coordenadora do Departamento Científico de Rinite da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), detalha abaixo como o paciente pode ter qualidade de vida desde que siga as orientações do especialista.
"Sim (existe tratamento) e se bem orientado, o paciente pode ter um controle importante da doença. Explico alguns desses tratamentos: Evite ambientes empoeirados, já que a causa mais comum de crises alérgicas é o contato com a poeira de casa. Além disso, evite ambientes mal ventilados e com muita poluição, incluindo o cigarro", inicia a médica.
Para prevenir as crises alérgicas, a melhor maneira é evitar o contato com substâncias que causam alergia, como poeira, pelos de animais, fumaça de cigarro, produtos de limpeza e, em alguns casos, até perfumes.
Na primavera, Diego Malucelli indica ainda uma maior higienização do nariz. "Quando a primavera se inicia, medidas simples como higienizar o nariz com soro fisiológico várias vezes ao dia podem ajudar muito na profilaxia. Também lembrar de ingerir bastante água ao longo do dia, e manter os ambientes sempre limpos e arejados”, completou o doutor Diego.
Para quem tem animais de estimação, por exemplo, alguns cuidados devem ser tomados, como dar banhos frequentes no animal e evitar que ele durma na cama junto com o paciente alérgico. Além de os pelos dos animais poderem provocar alergia, eles carregam poeira, o que também pode ocasionar os sintomas.
A dra. Maria Cândida cita algumas práticas importantes a serem adotadas dentro de casa:
*Com informações das assessorias
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