Homem assistindo pornografia. Crédito: Shutterstock
No fim de semana, o astro de comédias Terry Crews (sucesso em "Todo Mundo Odeia o Cris" e "As Branquelas") revelou em entrevista ao canal “Fight The New Drug”, no YouTube, sobre o tratamento para superar o vício em pornografia. O ator contou sobre como começou a explorar os vídeos em seu tempo vago e, de repente, se viu dependente do conteúdo para ter prazer. E o que era só no tempo vago, se tornou necessário no dia a dia.
O relato do ator trouxe à tona um assunto bem relevante e delicado, mostrando que há uma linha bem tênue entre o estimulo e a compulsão. A palavrinha vício tem ganhado destaque em meio as reclamações no consultório: das pessoas, quanto a exposição de seus parceiros a vídeos pornográficos; e até mesmo do próprio cliente preocupado com a quantidade saudável de consumo.
Sabemos que o conteúdo é um bom estimulo para criar desejo sexual. Mas, até que ponto não vira um transtorno para a saúde?
A hiperatividade em consumir conteúdo pornográfico é considerada um transtorno do comportamento sexual e de distúrbio à saúde mental, caracterizado por um padrão persistente de falha em controlar o impulso ao acesso, resultando em comportamento sexual repetitivo. As consequências vão desde a insatisfação psicossexual, disfunções sexuais, transtorno de humor e a perda de interesse no ato sexual.
Listei algumas perguntas para você responder e identificar o vício em pornografia:
1 – Você consegue ter prazer sexual sem acessar conteúdo pornográfico?
O ideal é termos vários estímulos de desejo sexual e não um só ou especificamente o conteúdo pornográfico.
2 – O acesso a conteúdo pornográfico tem causado prejuízo financeiro, social ou profissional?
É importante verificar se existe perda de controle do impulso sexual e prejuízos em áreas rotineiras, como pessoas que deixam de trabalhar para acessar vídeos.
3- Você se sente mal ou culpado após assistir o conteúdo pornográfico?
Geralmente as pessoas que tem o vicio em pornografia entram em sofrimento para conseguir ter acesso ao que vai lhe causar certo alivio. Logo após, vem o sofrimento moral, religioso... Esse processo de culpa ou mal estar pode acontecer logo após o ato ou ate dois dias depois.
4 – Percebe que para ter prazer sexual, precisa de acessar cada vez mais a conteúdos pornográficos e de formas mais diversificada?
Se não for tratado o vício em pornografia, ele vai ficando cada vez mais escalonado, de forma cada vez mais diversificada. Bem semelhante a usuários de droga que começam com a maconha e vão aumentando a sensação com cocaína e outras.
5 – Já tentou parar e não conseguiu?
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), um alerta é quando a pessoa tenta diminuir ou parar a hiperatividade e fracassa. É um padrão de mais de seis meses. Não é parâmetro quando está sob ação de medicamentos.
6 – Acessa conteúdo pornográfico ilícito?
Pessoas com vicio em pornografia se colocam em riscos para obter o desejo incontrolável.
Para mais informações procure ajuda especializada com psicólogos, médicos psiquiatras, terapeutas sexuais.
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