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Publicado em 10 de maio de 2023 às 11:27
A apresentadora Angélica falou que teve síndrome do pânico há um tempo em razão do excesso de trabalho durante uma palestra realizada no Rio Web Summit. “Eu tive síndrome do pânico também por excesso de trabalho. Nem tinha tanto essa coisa da rede social quando eu tive isso, mas a minha vida também sempre foi uma pressão”, disse.
Ela falou sobre as pressões que sentiu no trabalho ao longo da vida e como isso também ocorre hoje por conta das redes sociais. “Essa pressão que a gente sente hoje na internet e a gente tenta administrar... A minha vida tinha já isso por ter começado a trabalhar muito pequena”. Angélica revelou que sentiu as pressões e as crises passando quando procurou ajuda para tentar lidar com as cobranças.
“Não adianta ficar se cobrando e achando que é uma competição de quem trabalha mais, pois isso não leva a nada. O que leva é você procurar se cuidar, cuidar da sua cabeça para ser mais produtivo. Mas, infelizmente, as redes acabam te empurrando para um excesso”, diz.
Angélica pontuou ainda que as redes sociais levam as pessoas aos excessos e reforçou que isso não faz bem. “É fundamental encontrar equilíbrio e cuidar de nossa saúde física e mental”, reforçou na legenda ao compartilhar o vídeo do momento.
A síndrome do pânico é um ataque intenso de ansiedade acompanhado por sentimentos de adversidade. A ansiedade é caracterizada por períodos distintos de medo exorbitante que podem variar de ataques durante um dia a apenas poucos ataques durante um ano. O médico Rafael Riva diz que a síndrome é uma condição em que há crises súbitas de ansiedade, medo e desespero.
"O ataque com frequência começa com um período de 10 minutos de sintomas rapidamente crescentes. Os principais sintomas mentais são medo extremo e uma sensação de morte e tragédia iminentes. Os pacientes em geral não podem designar a fonte de seu medo; podem se sentir confusos e ter problemas para se concentrar".
O médico diz que qualquer pessoa pode desenvolver síndrome do pânico, porém as mulheres têm três vezes mais probabilidade de serem afetadas do que os homens. "Um importante fator social identificado que contribui para o desenvolvimento desse transtorno é a história recente de divórcio ou separação. O transtorno costuma surgir na idade adulta jovem – a idade média de apresentação é em torno dos 25 anos –, mas tanto transtorno de pânico como agorafobia podem se desenvolver em qualquer idade".
Os dois tratamentos mais eficazes são a farmacoterapia e a Terapia Cognitivo e Comportamental. É importante buscar um médico após o aparecimento dos sintomas. "Uma vez eficaz, o tratamento farmacológico, em geral, deve continuar por oito a 12 meses. Dados indicam que o transtorno de pânico é uma condição crônica, talvez para toda a vida, com recorrência quando o tratamento é interrompido. Estudos relataram que 30 a 90% dos indivíduos com a condição que receberam tratamento bem-sucedido têm uma recaída quando a medicação é interrompida", explica o médico.
Os casos não tratados de transtorno do pânico evoluem, geralmente, com uma perda funcional importante, com isolamento social do indivíduo e podem naturalmente precipitar a ocorrência de outros transtornos, como a Transtorno Depressivo Maior, por exemplo.
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