Sintomas do câncer de mama: saiba quando se preocupar

Para o Brasil, foram estimados 73.610 novos casos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres

Vitória
Publicado em 05/10/2023 às 08h53
Câncer de mama

Os sintomas mais comuns são o caroço na mama ou na axila, inchaço, a vermelhidão na pele da mama. Crédito: Shutterstock

O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo. Cerca de 2,3 milhões de novos casos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. Para o Brasil, foram estimados 73.610 novos casos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. Para alertar as mulheres, o mês de outubro é destinado à campanha de conscientização do câncer de mama.

A oncologista Virgínia Altoé Sessa, da Oncoclínicas Espírito Santo, conta que inicialmente o câncer de mama pode não ter sintomas. "Ele pode apresentar alguns sinais quando ele já está um pouco maior, como uma nodulação, uma tumoração ou um nódulo. Ele pode mudar o formato da mama, o mamilo pode ficar em uma posição diferente, a cor e a textura da pele da mama podem ser alteradas, no termo conhecido como casca de laranja, que a mama fica com aqueles furinhos".

Os sintomas mais comuns são o caroço na mama ou na axila, inchaço, a vermelhidão na pele da mama, a saída de qualquer líquido do mamilo, as alterações na mama como retrações ou inversão. Qualquer alteração deve ser investigada, independentemente da idade.

"A gente deve se preocupar sempre que vê algo diferente na mama, por isso que o autoexame é tão importante.  Basta você se conhecer, porque o dia que tiver algo diferente vai conseguir perceber. E é essa alteração diferente que é o alerta para se preocupar. O sinal de alerta é quando a mama estiver diferente do que você está habituada"

"A gente deve se preocupar sempre que vê algo diferente na mama, por isso que o autoexame é tão importante.  Basta você se conhecer, porque o dia que tiver algo diferente vai conseguir perceber. E é essa alteração diferente que é o alerta para se preocupar. O sinal de alerta é quando a mama estiver diferente do que você está habituada"

Virgínia Altoé Sessa

CAROÇO NO SEIO É SINAL?

A médica explica que o caroço no seio não necessariamente é sinal de câncer de mama. "Muitos caroços são alterações benignas. Várias coisas podem ter na mama, até alterações hormonais da menopausa ou de ciclo menstrual. Podemos ter formação de cistos na mama, caroços, e não ser câncer. Mas, de fato, o caroço é um sinal de alerta para procurar ajuda", diz Virgínia Altoé Sessa.

A mamografia é fundamental no diagnóstico do câncer de mama e o principal exame para o diagnóstico precoce desse tipo de câncer. O diagnóstico precoce, associado ao tratamento adequado, aumenta a chance de cura. "A mamografia é o principal exame de rastreamento para mama. O Ministério da Saúde recomenda que, a partir dos 50 anos, a mamografia seja feita a cada dois anos. Já a Sociedade Brasileira de Radiologia recomenda fazer a mamografia anual, ou quando recomendada pelo médico, a partir dos 40 anos. Se houver histórico familiar, a gente pode precisar fazer esses exames antes", diz Virgínia Altoé Sessa.

Além da mamografia, a adoção de hábitos saudáveis é uma das iniciativas mais importantes que pode prevenir o câncer de mama e outras doenças. "Ter uma alimentação saudável - rica em frutas, legumes frescos, pobre em embutidos, enlatados, pouca gordura, muita fibra - e atividade física são decisões cotidianas que atuam no benefício da mulher", diz Virgínia Altoé Sessa.

Normalmente, os tratamentos disponíveis são cirúrgicos, radioterápicos e sistêmicos, e podem ser injetáveis e oral. “A cirurgia ainda é o tratamento padrão curativo para câncer de mama localizado. A quimioterapia também faz parte deste tratamento e pode ser feita antes e depois da cirurgia. Já a radioterapia é um tratamento complementar para pacientes que retiraram uma parte da mama ou tem uma axila positiva (com doença linfonodal)”, afirma Haila Bockis Mutti, oncologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

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