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Sofre de enxaqueca? Veja como prevenir as crises da doença

As mulheres são mais afetadas, representando cerca de três vezes mais casos do que os homens. A enxaqueca é uma doença crônica para a qual ainda não existe uma cura definitiva

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Publicado em 15 de junho de 2023 às 08:00

A enxaqueca, também conhecida como migrânea, é um dos tipos mais comuns de cefaleia (dor de cabeça). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerada a sexta maior doença incapacitante no mundo, afetando aproximadamente 15% da população global. No Brasil, estima-se que 31 milhões de pessoas sofram com essa condição, sendo a maioria delas entre os 25 e 45 anos.

De acordo com a neurologista Mirella Fazzito, da Clínica Araújo & Fazzito, as mulheres são mais afetadas, representando cerca de três vezes mais casos do que os homens. A enxaqueca é uma doença crônica para a qual ainda não existe uma cura definitiva.

PRIMEIROS SINAIS

O corpo costuma dar alguns sinais de uma possível crise de enxaqueca. “No episódio de enxaqueca o paciente pode ter alguns sintomas gerais antes de iniciar o quadro de dor, como irritação, alteração de humor, insônia, sonolência, entre outros. Posteriormente, a dor se inicia, podendo ser de forma leve e ir se intensificando ao longo das horas”, comenta a especialista.

SINTOMAS

Segundo a médica, existem diversos tipos de enxaqueca, com aura, sem aura, enxaqueca menstrual, enxaqueca vestibular, entre outras. “Todas são muito incômodas, caracterizadas, geralmente, por dores latejantes, de predomínio unilateral. O sintoma pode durar até 72 horas, mas é possível minimizar seus efeitos e viver com mais qualidade”, explica.

As dores, tem intensidade variável, mas costumam aparecer de maneira bastante intensa. Elas se caracterizam por serem latejantes e pulsáteis, e costumam atrapalhar o dia do paciente. “A dor é a principal e mais comum manifestação no quadro enxaquecoso e, geralmente, é acompanhada de outros sintomas como náuseas e vômitos, intolerância a som (fonofobia), luzes (fotofobia) e até mesmo cheiros fortes”, comenta a neurologista.

Em cerca de 15 a 20% dos casos, as pessoas podem apresentar alterações na visão como embaçamento, manchas escuras (escotomas) ou pontos luminosos, em zigue-zague, perda visual temporal (na lateral do olho), bem como, formigamentos no corpo e, mais raramente, perda de força. Essas alterações visuais e sensitivas, são chamadas de aura, e geralmente precedem o início da dor.

Imagem Edicase Brasil
Boa alimentação ajuda na prevenção das crises de enxaqueca Crédito: klingsup | Shutterstock

COMO TRATAR A ENXAQUECA?

No caso da enxaqueca, o principal tratamento é a prevenção. Hábitos saudáveis são importantes para a saúde de uma forma geral e também ajudam nessa situação. “Atividades físicas, alimentação de qualidade e sono reparador já são armas importantes, mas o uso de medicamentos também pode ser necessário”, explica Mirella Fazzito. É claro que todo medicamento deve ser indicado por um médico. Por isso, é importante procurar um especialista, que analisará cada caso e prescreverá o tratamento adequado.

Dependendo da crise de enxaqueca e da frequência em que ela ocorre, a qualidade de vida do paciente é bastante afetada, já que a dor é intensa e, na grande maioria dos casos, impossibilita a pessoa de realizar suas atividades. “É por isso que a prevenção é tão importante e, dentro desse acompanhamento, identificar os possíveis gatilhos para o início da crise”, finaliza a médica.

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