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Suplementação de colágeno: vale a pena consumir?

O colágeno é uma proteína naturalmente produzida pelo nosso corpo. Ele ajuda a formar e a renovar as fibras que são responsáveis pela sustentação da pele

Publicado em 3 de abril de 2023 às 17:45

Suplementação de colágeno
O colágeno pode ser encontrado em suplementos em goma ou em pó Crédito: Shutterstock

O envelhecimento é um processo inevitável. Com o passar dos anos, ocorre a diminuição na produção de colágeno, proteína considerada uma das mais importantes do corpo humano. Nascemos com uma quantidade pré-determinada dela, que se mantém até os 25, 30 anos. A partir daí, perdemos cerca de 1% de colágeno ao ano. Para as mulheres, após a menopausa, essa taxa aumenta para até 5%. Mas isso não é motivo para desespero. Porque há uma série de ações que podem ser feitas, ao longo da vida, para estimular a produção da proteína. A suplementação oral é uma delas.

"O colágeno é uma proteína naturalmente produzida pelo nosso corpo. Ele ajuda a formar e a renovar as fibras que são responsáveis pela sustentação da pele, mas também está presente em outras regiões como articulações, tendões, músculos e chegam a corresponder a 30% das proteínas totais do nosso organismo", diz a dermatologista Renata Bortolini. 

O colágeno pode ser encontrado em suplementos em goma ou em pó. E tomá-lo melhora a qualidade da pele. "Estudos científicos comprovam que ingerir colágeno diariamente melhora a qualidade da pele. A quantidade ingerida é calculada na consulta médica e geralmente precisa ser produzida em sachês para conter todo o volume necessário", explica Renata Bortolini.

"Estudos mostram que o uso diário tem bons resultados para a pele, mas antes de iniciar a suplementação é importante saber como está o consumo de proteínas na dieta"

Os estudos também mostraram que o consumo de colágeno não oferece riscos "Mas antes de avaliar o uso de um suplemento sempre converso com os meus pacientes se eles estão cuidando da alimentação, que é a principal fonte de nutrientes para se ter saúde na pele e em todo o organismo", diz Renata Bortolini.

CUIDADOS

A dermatologista Juliana Drumond explica que o colágeno é uma molécula grande, de difícil absorção, por isso a melhor forma para ser absorvido é em pó. "Já existe estudo que mostra que a ingestão do colágeno em pó após três meses melhora a elasticidade e a hidratação da pele. Então, em geral, indico aos pacientes.  Em alguns casos, quando a pessoa tem alimentação muito boa, rica em proteínas, é possível que ela consiga suprir a necessidade do organismo. Mas, se não, a suplementação ajuda".

Em bula, não há contraindicação para uso do peptídeo de colágeno para pessoas acima de 18 anos. "Mas muitos suplementos têm componentes associados, então é importante verificar se a pessoa não é alérgica a algum deles. Alguns contêm, por exemplo, derivados de peixe, então não devem ser tomados por que tem alergia a frutos do mar. No caso de gestantes e mulheres que estão amamentando, só deve ser usado com recomendação médica", diz Juliana Drumond.

"Indico a suplementação para quem faz procedimentos de estímulo de colágeno, como laser e bioestimulador. Explico aos pacientes que é como se ele estivesse dando substrato para o organismo responder bem aos estímulos"

RECUPERAÇÃO

As médicas reforçam que hábitos saudáveis ajudam a amenizar a queda na produção de colágeno. "A exposição solar reduz a nossa capacidade de produzir colágeno na pele, por isso a proteção solar é um dos principais aliados para evitar o envelhecimento precoce. Dormir bem, se exercitar, consumir proteínas em quantidades adequadas e evitar estresse, tabagismo e álcool certamente vai ajudar a produzir uma pele com mais qualidade", diz Renata Bortolini.

Também existem tratamentos para recuperar o colágeno da pele. "O estímulo à produção de colágeno pode ser alcançado com procedimentos dermatológicos. Produtos injetáveis como os bioestimuladores e tecnologias como o ultrassom microfocado e os lasers devolvem a firmeza à pele", conta Renata Bortolini.

O ultrassom microfocado é uma tecnologia que causa micropontos de coagulação na pele, e esses pontos levam ao estímulo da produção do colágeno. Já os  bioestimuladores são substâncias injetadas na pele e que ficam no local por um período estimulando a formação de colágeno. "A associação desses dois procedimentos é considerada o padrão ouro da produção do colágeno", afirma Juliana Drumond. 

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