• Sirleide Stinguel

    Sirleide Stinguel é especialista em sexualidade humana, pós graduada em terapia sexual na saúde e educação. Graduanda em Psicologia.

Ter tesão por chulé é uma prática sexual saudável?

Publicado em 22/06/2023 às 21h00
Tesão por pé e chulé, fetiche

Sim, a sexualidade é ampla, diversificada e está tudo bem sentir tesão por algum tipo de cheiro especifico. Crédito: Shutterstock

Você já deve ter ouvido falar em pessoas com fetiche em pés. Mas sabia que existem aqueles que sentem tesão pelo cheiro dele? Mais especificamente, cheiro de chulé.

Uma pesquisa realizada pelo site de relacionamento Sexlog cita que 10% dos seus usuários admitem ter desejo pelos cheiros variados dos pés. E essa preferência sexual que foge da norma se destina a pés sujos, suados e com cheiro de chulé.

No início deste ano, um seguidor no Instagram me fez uma oferta um tanto “diferente”. Ele me chamou no direct e disse que estava interessado em comprar um sapato meu. Falei que não vendia sapatos e, para a minha surpresa, ele disse que queria o sapato que eu estava usando numa determinada foto publicada pois o cheiro de sapato velho é maravilhoso.

Por mais que a proposta fosse boa, eu não vendi o sapato. Continuei conversando com o seguidor para entender um pouco mais sobre o fetiche do cheiro de sapato velho e no final entendi que era o cheiro de usado, suado, sujo que ele queria.

Sim, a sexualidade é ampla, diversificada e está tudo bem sentir tesão por algum tipo de cheiro especifico. A pratica é saudável desde que não seja uma via única de prazer, ou seja, que a pessoa se excite também de outras formas.

O sentido olfativo é muito importante para o estimulo sexual e como toda a sexualidade tem variações diversas. Se você parar para pensar um pouquinho, vai lembrar de algum cheiro que te chamou muito a atenção na hora do sexo, como por exemplo perfumes afrodisíacos, cremes ou óleos.

Os pés não costumam fazer parte das zonas erógenas de muitas pessoas e, culturalmente, aprendemos a ter repulsa por cheiros naturais do nosso corpo, incluindo o chulé. 

Uma dica para os fetichistas do chulé é manter a comunicação sempre clara e honesta sobre a sexualidade, conversar com a parceria sobre o assunto e aos poucos ir começando as brincadeirinhas envolvendo os pés e seus cheiros. E para os parceiros que não compreendem o fetiche alheio, minha dica é que se informem mais e conversem muito sobre o assunto. Não podemos esquecer que ninguém é obrigado a fazer nada que não queira, mas respeitar o desejo do outro é imprescindível.

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