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Publicado em 17 de abril de 2022 às 16:00
Na maioria das vezes, quem sofre de depressão sente vergonha de falar sobre o assunto. De acordo com a Fiocruz, sentimentos frequentes de tristeza e depressão atingiram 40% da população adulta brasileira em 2020, e a sensação frequente de ansiedade e nervosismo foi relatada por mais de 50% das pessoas. Em outubro de 2021, o estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) apontou alta de 50% nos quadros depressivos e de 80% nos ansiosos nos últimos seis meses.
Já o relatório “Strengthening mental health responses to COVID-19 in the Americas: A health policy analysis and recommendations”, da Organização Panamericana de Saúde, revela que quatro em cada dez brasileiros (44%) tiveram problemas de ansiedade e outros 61% apresentaram quadro de depressão neste período.
A psicóloga Gabriella Braga, da Meu Doutor Novamed, explica que depressão é um transtorno mental que produz alterações de humor, perda de interesse e prazer nas atividades do indivíduo. "Traz sentimentos de desesperança e tristeza profunda. Afeta a qualidade de vida, do apetite e do sono", diz.
Já o estresse é uma reação natural do nosso organismo, que acontece quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça. "Essas podem ser reais ou 'percebidas' dessa forma pelo indivíduo".
É preciso prevenir a saúde mental. E, como identificar os sintomas de depressão? "É possível identificar esses sintomas primeiro, distinguindo-os de uma tristeza 'comum', com uma situação difícil ou desafiadora na vida. A depressão é persistente com duração mínima de duas ou mais semanas recorrentes. Os principais sintomas são sentimentos de desvalia, desesperança, perda de apetite, alterações do sono, inatividade do indivíduo (perda de interesse e prazer nas atividades)", explica a psicóloga.
Pessoas que sentem dores generalizadas pelo corpo, sem causa aparente, também podem ser vítimas do esgotamento. "A ajuda deve ser procurada quando os quadros forem persistentes, graves e intensos, ou quando a pessoa perceber que não consegue lidar sozinha com os sentimentos, dificuldades e sofrimento", diz Gabriella Braga.
A psicóloga explica que a medicação psiquiátrica, quando indicada, em conjunto com a terapia cognitivo comportamental, são os tratamentos mais indicados devido sua grande efetividade, com evidências científicas.
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