SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um ataque de Israel atingiu o bairro Basta, no centro de Beirute, e matou pelo menos 11 pessoas na madrugada deste sábado, segundo a Defesa Civil libanesa. Outras 63 ficaram feridas.
O bombardeio destruiu um prédio de oito andares, de acordo com informações da agência nacional libanesa de notícias (NNA). Israel teria usado bombas perfuradoras de bunker, o que deixou uma cratera profunda.
Um funcionário das forças de segurança do Líbano disse à AFP que o bombardeio tinha como alvo um "alto membro" do Hezbollah. O líder atacado seria Muhammad Haydar, chefe de operação da milícia libanesa, segundo o site de notícias al-Arabiya. O relato foi posteriormente confirmado por um funcionário da Defesa israelense à emissora pública Kan.
No local do ataque, Amin Chirri, um membro do parlamento representando o Hezbollah, afirmou que não havia nenhum líder do Hezbollah no edifício atingido.
Em setembro, um ataque similar matou o líder da organização, o sacerdote xiita Hassan Nasrallah. Ele estava em um prédio residencial nos arredores de Beirute quando mísseis atingiram um bunker subterrâneo que abrigava o quartel-general do Hezbollah.
Na investida deste sábado, pelo menos quatro mísseis foram lançadas às 4h da manhã do horário local, segundo membros das forças de segurança do Líbano. É o quarto ataque aéreo israelense no centro de Beirute só nesta semana.
As Forças Armadas israelenses não se pronunciaram sobre o bombardeio na região central. Em comunicado, só confirmaram que fizeram ataques em Dahieh, no sul de Beirute, em pontos de infraestrutura do Hezbollah.
Tel Aviv lançou uma ofensiva contra o grupo extremista apoiado pelo Irã no Líbano em setembro, após quase um ano de hostilidades desencadeadas pela guerra de Gaza, com envio de soldados para o país vizinho.
Na última quinta-feira, um bombardeio de Israel matou pelo menos 62 pessoas e feriu 111. Segundo o Ministério de Saúde libanês, o número de mortos desde outubro de 2023 subiu para 3.645 e o de feridos, para 15.355.
Em comunicados, o Exército israelense tem afirmado que seus alvos são "centros de comando terroristas do Hezbollah", "depósitos de armas" ou locais onde se encontram pessoas vinculadas ao movimento.
Tel Aviv diz que o objetivo é afastar o Hezbollah da fronteira do país para permitir o retorno dos 60 mil deslocados do norte após o aumento das hostilidades com o grupo extremista, que atacou o país em retaliação aos ataques em Gaza. O conflito também causou a fuga de dezenas de milhares de habitantes do sul do Líbano.
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