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Ainda não se sabe exatamente. Acredita-se que o novo coronavírus se originou em um mercado da cidade chinesa de Wuhan, onde animais como gatos, ratos, morcegos e cobras são mantidos vivos e confinados em péssimas condições de higiene. A hipótese mais provável é que tenha vindo de cobras.
Ainda não. Oficialmente, há nove casos suspeitos, segundo informações do Ministério da Saúde: São Paulo (3), Santa Catarina (2), Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), Paraná (1) e Ceará (1). Todos são de pessoas que vieram da China. Exames em andamento confirmarão se alguma delas carrega o novo coronavírus.
Apesar de causar preocupação em escala global, o novo coronavírus se mostrou, por enquanto, menos letal que outros vírus que provocaram epidemias anteriores. Um cálculo recente estimou a taxa de mortes da doença em 2,2%, enquanto a da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) é de 35%; e a do Ebola, 60%.
De certo modo, sim. Especialistas estimam que uma pessoa infectada pode transmiti-lo, em média, para duas ou três pessoas. É menos contagioso, porém, que o sarampo, quando um indivíduo é capaz de infectar de 15 a 18 pessoas ao redor que não estejam imunizadas.
Por ser um vírus, a transmissão ocorre por contato próximo de pessoa para pessoa, através do espirro, tosse, aperto de mão, por exemplo. Fala-se que o novo coronavírus tem estimativa de vida de 24 horas fora de um corpo. Por isso, qualquer um pode se infectar ao tocar uma maçaneta ou corrimão.
A prevenção a infecções como a do novo coronavírus passa por aquelas recomendações básicas, como evitar aglomerações e contato com pessoas infectadas; lavar frequentemente as mãos com água e sabão, principalmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente e antes de comer; evitar compartilhar objetos de uso pessoal, entre outras.
A infecção do novo coronavírus pode ser assintomática em algumas pessoas. Já outras, manifestam sintomas parecidos com o de uma forte gripe: coriza, dor de garganta, dor de cabeça, febre, tosse, dificuldade para respirar. Em casos mais graves, a pessoa pode ter um quadro de pneumonia ou bronquite.
Até o momento, não há proibições ou restrições a viagens à China. Mas o governo emitiu um comunicado orientando que brasileiros evitem viajar à China ou embarquem somente em casos de extrema necessidade por causa do surto do novo coronavírus. Pode haver, porém, dificuldade para chegar ao país. Pelo menos 17 companhias aéreas de diferentes países anunciaram cancelamento ou modificação de programas de voos para a China.
Em até três meses, cientistas do Instituto Nacional de Saúde dos EUA prometem testar vacinas contra o coronavírus em humanos, desenvolvidas a partir do código genético desta nova mutação do coronavírus. Na Austrália, pesquisadores afirmam ter criado em laboratório uma versão do novo vírus, o que pode acelerar o desenvolvimento de uma vacina.
Ainda é cedo para dizer. Cientistas não sabem se o novo coronavírus - ou "doença aguda respiratória do 2019-n-CoV", nome dado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) à infecção - gera uma resposta imune definitiva, ou seja, se a pessoa só pode ser infectada uma vez, o que significaria uma redução natural dos casos.
Texto e edição: Paula Stange Imagens: Kin Cheung/AP Center for Desease Control and Prevention Getty Images Mark Schiefelbein/AP Tomaz Silva/AGência Brasil Getty Images