Entidades apontam perdas para economia do ES com greve de auditores fiscais
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Em greve desde novembro, os auditores fiscais da Receita Federal decidiram intensificar o movimento nesta semana. De 23 a 26 de janeiro, a categoria informou que não vai realizar o desembaraço de cargas, tanto na importação como na exportação, em todo o complexo portuário capixaba, Aeroporto de Vitória e portos secos. Nesse período, haverá somente a liberação de cargas perecíveis, vivas, perigosas, medicamentos e alimentos de consumo de bordo.
Diante da paralisação, entidades como a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Sindicato das Empresas de Importação e Exportação do Espírito Santo (Sindiex), Centro do Comércio do Café de Vitória (CCCV), Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais (Sindirochas) e Centro Brasileiro de Exportações de Rochas Ornamentais (Centrorochas), emitiram uma nota conjunta apontando perdas para a economia do Espírito Santo caso o movimento se intensifique.
Entre as consequências apontadas pelas entidades estão:
- Afastamento das linhas diretas internacionais de navegação;
- Necessidade de transbordo de contêineres em outros portos da costa brasileira, sujeitando ao risco de perda do navio no porto seguinte;
- Restrição do terminal de contêineres do Espírito Santo apenas aos serviços de cabotagem;
- Aumento do tempo de trânsito até os compradores no exterior e vice-versa;
- Encarecimento do frete marítimo e de outros custos portuários;
- Incentivo aos importadores do exterior para optarem por outros portos no Brasil por onde suas mercadorias devem ser embarcadas;
- Prejuízo na entrada de cargas de importação, com reflexo na arrecadação fiscal regional.
"Caso a greve dos auditores fiscais se prolongue e se expanda, haverá um impacto substancial nas finanças estaduais e federais. Quedas na arrecadação dos impostos afetará a capacidade do Estado de investir em áreas essenciais como saúde, educação e segurança. Existe ainda o risco de desabastecimento de insumos para as indústrias, pois o atraso na chegada de matérias-primas essenciais à produção prejudica a competitividade das empresas locais", dizem as entidades, em nota.
Leticia Orlandi
Repórter / [email protected]