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Publicado em 25 de janeiro de 2024 às 16:47

Entidades apontam perdas para economia do ES com greve de auditores fiscais

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Porto de Vitória recebe cargas inovadoras
Porto de Vitória recebendo cargas Crédito: Vitor Jubini

Em greve desde novembro, os auditores fiscais da Receita Federal decidiram intensificar o movimento nesta semana. De 23 a 26 de janeiro, a categoria informou que não vai realizar o desembaraço de cargas, tanto na importação como na exportação, em todo o complexo portuário capixaba, Aeroporto de Vitória e portos secos. Nesse período, haverá somente a liberação de cargas perecíveis, vivas, perigosas, medicamentos e alimentos de consumo de bordo.

Diante da paralisação, entidades como a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Sindicato das Empresas de Importação e Exportação do Espírito Santo (Sindiex), Centro do Comércio do Café de Vitória (CCCV), Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais (Sindirochas) e Centro Brasileiro de Exportações de Rochas Ornamentais (Centrorochas), emitiram uma nota conjunta apontando perdas para a economia do Espírito Santo caso o movimento se intensifique. 

Entre as consequências apontadas pelas entidades estão:

  • Afastamento das linhas diretas internacionais de navegação;
  • Necessidade de transbordo de contêineres em outros portos da costa brasileira, sujeitando ao risco de perda do navio no porto seguinte;
  • Restrição do terminal de contêineres do Espírito Santo apenas aos serviços de cabotagem;
  • Aumento do tempo de trânsito até os compradores no exterior e vice-versa;
  • Encarecimento do frete marítimo e de outros custos portuários;
  • Incentivo aos importadores do exterior para optarem por outros portos no Brasil por onde suas mercadorias devem ser embarcadas;
  • Prejuízo na entrada de cargas de importação, com reflexo na arrecadação fiscal regional.

"Caso a greve dos auditores fiscais se prolongue e se expanda, haverá um impacto substancial nas finanças estaduais e federais. Quedas na arrecadação dos impostos afetará a capacidade do Estado de investir em áreas essenciais como saúde, educação e segurança. Existe ainda o risco de desabastecimento de insumos para as indústrias, pois o atraso na chegada de matérias-primas essenciais à produção prejudica a competitividade das empresas locais", dizem as entidades, em nota.