Desde a concepção do termo “desenvolvimento sustentável”, no documento intitulado “Nosso Futuro Comum”, publicado em 1987, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, conhecido como Relatório de Brundtland, as empresas, as organizações da sociedade civil e os governos vêm debatendo como realizar o desenvolvimento, que procura satisfazer as nossas necessidades atuais, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades. Esses debates quase sempre são focados em: o que fazer? Por que fazer? Como fazer? Mas muito pouco é debatido sobre: quem fará? Para quem fazer?
Sobre esse ponto, a questão que vem à mente é: por que os líderes do futuro devem preocupar-se com o ESG (Environmental, Social and Governance)? E a resposta é muito simples: porque serão eles que viverão no futuro. Infelizmente, ainda não conseguimos conscientizar a nova geração do seu papel na perenidade das empresas/negócios. Muitos ainda não aprenderam que o retorno financeiro dos empreendimentos tem que ser ético, para se tornar perene, não sendo o lucro seu único bottom line.
O ESG é o compromisso das empresas em gerenciar e melhorar o seu resultado econômico, o impacto ambiental, as implicações sociais e a salvaguarda cultural/governança de suas atividades em nível empresarial, local, regional e global. Possibilita dessa forma que pessoas, empresas e nações, agora e no futuro, atinjam um nível de desenvolvimento social, ambiental, econômico e de governança, bem como de realização humana e espiritual, fazendo, ao mesmo tempo, o uso perene/sustentável dos recursos naturais, humanos e financeiros de que dispõem.
É de fundamental importância que famílias, escolas, empresas e governos motivem e engajem esses líderes a terem nos conceitos de ESG - competitividade sustentável - as bases de um futuro perene-sustentável. É preciso conscientizá-los sobre o papel que terão no futuro do planeta.
Pedro Lins
CEO da FIX-CS, especialista em ESG e professor associado da Fundação Dom Cabral.
"É importante proporcionar à jovem liderança a oportunidade de vivenciar a ética na prática, desenvolvendo um negócio ético, competitivo, perene-sustentável, tendo como base os pilares do ESG"
Para isso, é importante proporcionar à jovem liderança a oportunidade de vivenciar a ética na prática, desenvolvendo um negócio ético, competitivo, perene-sustentável, tendo como base os pilares do ESG.
Ao poder vivenciar uma realidade, uma cultura e formas diferentes de fazer negócios, essa nova geração desenvolve seu jeito próprio de pensar e agir. A educação vivencial é uma das melhores maneiras de desenvolver conhecimento e contribui para a formação do caráter, da honestidade e responsabilidade nas tomadas de decisão e de propósito de vida pessoal, familiar e profissional.
Assim, eles serão capazes de assumirem seus papéis de líderes pensando não somente no resultado financeiro de seus negócios, mas também no bem-estar comum da humanidade, na construção de um legado.
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