Pensando nos impactos que o consumo produz no meio ambiente, muitos consumidores estão abandonando o hábito de “comprar por comprar”: E vão além: eles se dedicam a pesquisar a origem do produto e os princípios da empresa, motivando uma mudança de prática no mercado.
É o caso da terapeuta holística comportamental Mila Marques, moradora de Vitória. “Observo a procedência, dou preferência aos produtores capixabas e aos micro e pequenos empreendedores. Me preocupo também com os cuidados com a mão de obra, com o recolhimento pós-consumo. Olho tudo isso”, diz.
Além disso, Mila costuma priorizar produtos de empreendedoras mulheres. “Acho fundamental uma mulher ajudar a outra. Outra característica que observo é a ‘vibe’ do lugar, se as pessoas trabalham felizes.Prezo muito pelo valor emocional das peças, acredito que elas têm energia”, comenta.
Ter uma alimentação cada vez mais natural, com poucos industrializados, é uma das metas da terapeuta. “Compro alimentos sem agrotóxicos, da família que conheço, que vêm do campo. Procuro fazer minhas escolhas por um viés político-social ou por argumentos da saúde”, detalha.
O publicitário Beethoven Brasileiro também é criterioso na hora de comprar. “Tento ser o mais consciente possível. Utilizo produtos que tenham menos impacto ambiental, com redução de consumo de água no processo de produção, por exemplo. Não compro de marcas que desrespeitam a natureza e testam produtos em animais”, pontuou.
Para além do impacto ambiental, ele presta atenção no posicionamento político das marcas. “Já deixei de comprar em mercados e marcas por posicionamentos políticos, bandeiras que eles levantam e que não concordo. Sou esse tipo de consumidor que se os valores não estiverem relacionados com o que acredita, não compra.”
O publicitário explica que faz as escolhas do presente pensando no futuro: “Sei que os impactos das minhas atitudes são mínimos no universo. É uma gota no oceano? Talvez. Mas essas gotas farão a diferença lá na frente.”
Quem pensa como ele é a terapeuta Natalia Galina Kohl. “Eu trabalho e lido com autoconhecimento o tempo inteiro, e o consumo passa por isso também. Roupa, por exemplo, eu troco muito com minhas amigas. É como sempre ter roupa nova, sem precisar ficar comprando, e uso mesmo as coisas, até acabarem.”
O objetivo dela é influenciar outras pessoas. “Uma vez que tenho essa consciência, essa trama vai se espalhando. Acredito que há um impacto em relação ao coletivo. Pretendo gerar uma consciência mais expandida, porque se a gente compartilha, dá para todo mundo desfrutar”, finaliza Natalia.
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