O cooperativismo faz com que os produtos, frutos do trabalho de capixabas, cheguem a consumidores de diferentes municípios, Estados e países. E para se manter no mercado com todo alcance, as cooperativas capixabas estão apostando na inovação como regra da sua atuação. Nos mais diferentes ramos, na agricultura ou no crédito, a tecnologia tem estado cada vez mais presente para estimular membros das organizações a buscarem também a inovação.
“Nos últimos anos, tivemos casos de cooperativas que passaram a investir no comércio eletrônico, os e-commerce, para potencializar as suas vendas, que desenvolveram aplicativos para ampliar os canais de comunicação com o público ou realizaram aprimoramento desses serviços com base da experiência do usuário, diversos investimentos em equipamento e infraestrutura, apenas para citarmos alguns exemplos”, aponta o superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras do Espírito Santo (OCB-ES), Carlos André Santos de Oliveira.
Segundo o superintendente, a OCB-ES incentiva as cooperativas a investirem em inovação, tanto em equipamento e máquinas, quanto na logística de produção e gestão dos negócios. Para isso, o cooperativismo no Estado conta com uma série de ferramentas que foram pensadas e desenvolvidas para potencializar a atuação das cooperativas.
“Quando a gente fala de inovação, por exemplo, existe o InovaCoop, uma plataforma virtual que traz diversas informações para fazer com que a cultura da inovação esteja presente no dia a dia das cooperativas. Outra ação que temos é o Programa de Desenvolvimento Cooperativista Capixaba (PDGC), voltado ao desenvolvimento da autogestão das cooperativas, permitindo diagnosticar como estão a administração e a governança e, a partir dos resultados, buscar melhorias”, cita Oliveira.
A entidade acompanha de perto cada empreendimento cooperativista presente no Estado. Na organização, as cooperativas encontram apoio nas mais diferentes áreas para poderem seguir com os negócios, além de formalizar parcerias para garantir conhecimentos e experiências que tragam um resultado efetivo e agreguem valor aos produtos e serviços que são disponibilizados à sociedade.
E, diante da grande competitividade do mercado, a inovação das cooperativas tem gerado benefícios tanto para os próprios cooperados como para a sociedade, de modo geral, sendo fonte de emprego, e movimentando a economia dos municípios em que estão localizadas.
“Como resultado, nós conseguimos entregar cooperativas mais maduras para o mercado, que geram resultados positivos não apenas para os cooperados e colaboradores empregados, mas também para toda a sociedade capixaba”, afirma.
Um dos exemplos está no Sul do Estado. A Cooperativa de Laticínios Selita, com sede em Cachoeiro de Itapemirim, conta com 1.800 cooperados espalhados por 51 municípios, sendo sua grande maioria no Espírito Santo, para a produção de leite, iogurtes, queijos diversos, requeijão, doce de leite e manteiga, e cerca de outros 80 tipos de produtos.
O mais recente investimento da cooperativa é um novo parque industrial. As instalações mais amplas e modernas devem diminuir custos e aumentar a eficiência da produção.
“Uma unidade mais moderna, sustentável em todos seus processos, com tecnologia de última geração e que proporcionará à cooperativa ter uma unidade industrial competitiva, para oferecer aos seus consumidores novos produtos, melhorando ainda mais a qualidade dos atuais, além de inovar em termos de vendas”, diz o presidente da Selita, Leonardo Monteiro.
Além disso, a nova fábrica da cooperativa se destaca como mais um agente importante na economia local. “Com essas inovações, nós modernizamos não só a cooperativa, como também todo o processo de produção, que vai desde o produtor rural, até o comércio. É uma cadeia que beneficia a todos. Mais do que cooperação, nós procuramos trabalhar com intercooperação, que é esse apoio entre as cooperativas”, destaca.
A Selita fechou negócio com uma outra tradicional cooperativa do Estado, a Coopeavi, que atua em avicultura, café e produção de gado leiteiro e laticínios. A instituição venderá 400 toneladas de ração, fabricadas na unidade de Baixo Guandu, no Centro-Oeste capixaba para a cooperativa de Cachoeiro.
“Nós fechamos um grande contrato para o fornecimento de rações pela Coopeavi, e é só um passo para essa intercooperação. Parceria que só foi possível por causa do investimento das novas instalações”, pontua Monteiro.
Sabendo da importância de se adaptar ao que pedem no mercado e empresas, a cooperativa vem aperfeiçoando também a sua gestão. A Selita faz parte do Programa Parceiros para Excelência (PAEX), um modelo com foco em capacitar e formar gestores para gerar resultados, criado pela Fundação Dom Cabral.
“É um planejamento estratégico que se orienta na construção de um modelo de gestão para aumentar a competitividade e potencializar nossos resultados. E é assim que nós queremos ver o nosso modelo de negócios, posicionando-se como um setor cada vez mais eficiente e competitivo. Trabalhando diariamente para buscar o novo e pelo desenvolvimento sustentável do cooperativismo e de toda a economia capixaba”, finaliza o presidente da organização.
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